Um olhar poético sobre o rio, suas contenções, transbordamentos e mistérios. Esta é a ideia principal do espetáculo Rio de Contas, que a Cia de Dança do Sesc Petrolina apresenta nesta sexta-feira (4) às 20h no Teatro Dona Amélia. A pré-estreia só para convidados, marca o início das comemorações dos 20 anos deste grupo, que já realizou a montagem de 15 espetáculos e é responsável pela formação de muitos profissionais, hoje instrutores, bailarinos e coreógrafos com atuação em todo o país.
A montagem do espetáculo Rio de Contas, que também será apresentado ao público em geral no mesmo horário nos sábados e domingos (5, 6, 12, 13, 19 e 20 de julho), foi Inspirado no conto, Nas águas do Tempo, do escritor moçambicano Mia Couto e tem a direção de Jailson Lima.
Com 18 intérpretes criadores no palco, uma trilha sonora assinada por Sônia Guimarães, figurino de Maria Agrelli, iluminação de Luciana Raposo e os cenários do artista plástico Antonio Carlos Coelho de Assis – Coelhão, Rio de Contas, segundo seu diretor, lança um olhar poético sobre o rio a partir da metáfora: “a água e o tempo são irmãos gêmeos nascidos do mesmo ventre”. Daí em diante, o espetáculo mostra em movimentos, “as contas da vida, como miçangas, colando dores, amores e sonhos…”, como bem assinalou Jailson Lima.
Cia de Dança do Sesc Petrolina
Única no interior do Estado a desenvolver, há duas décadas, um trabalho sistemático na linguagem de dança contemporânea, a Cia de Dança do Sesc Petrolina começou as atividades em 1995, com o espetáculo Fragmentos. Em 2012, recebeu o prêmio APACEPE de melhor espetáculo e melhor trilha sonora com a montagem titulada, Eu Vim da Ilha, que participa agora em julho do festival de inverno nas cidades de Teresópolis e Friburgo (RJ).
Durante estes 20 anos, foram montados ainda os espetáculos, Labirintos (1997), Chamas (1999), Fábrica Mix e Ondas Cardiocerebrais (2001), Fênix (2002), Fuá na Casa de Zé Mané e Riscos (2003), Viva Seu Lua (2004), Bailantes Brincantes Dançantes e Ao Amor e à Dor (2006), Esbórnia (2008), Eu Vim da Ilha (2011) e Tatudobrega (2012)