Após o candidato ao Senado pela Frente Popular, o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB), relacionar, na noite da última quarta-feira, a eleição estadual a uma “guerra”, convocar os candidatos proporcionais a se engajarem para manter o “poder” e avisar que “os que contribuírem vão ser reconhecidos para tocar o projeto”, a coligação Pernambuco Vai Mais Longe, encabeçada pelo senador Armando Monteiro Neto (PTB), criticou, ontem, por meio de nota à Imprensa, a postura do adversário, que estaria apelando para o “vale-tudo”.
Segundo a aliança, com as declarações, o ex-ministro estaria supostamente “disposto a utilizar de todos os recursos para não perder esta eleição e os espaços que ocupa no Governo de Pernambuco para a preservação de seus ingresses”. Além disso, questionou: “em caso de derrota, sobre qual estrutura recairia a compensação? A Prefeitura do Recife? O que significa “usar todas as armas”? A campanha eleitoral é o espaço para uma “guerra” onde prevalece um verdadeiro vale-tudo ou é o ambiente de debates de ideias e propostas para que o povo, livre e democraticamente, escolha os seus representantes?”
Apesar de não responder às indagações, Bezerra Coelho retrucou as afirmações da coligação adversária, que, segundo ele, estaria “incomodada ao perceber o avanço da Frente Popular” e, por isso, “tentam confundir as pessoas com insinuações grosseiras”. Para o socialista, os adversários estariam querendo polemizar para ganhar holofotes e, portanto, desferem “agressões gratuitas”.
O candidato ao Senado alfinetou os ex-aliados. “Em 2010, por exemplo, foi graças à nossa capacidade de ir à luta, palmo a palmo e voto a voto, que muitos que estão por lá foram eleitos. Aliás, os pernambucanos lembram bem do grande esforço que tivemos que fazer naquela ocasião”, ironizou Bezerra Coelho, em nota, referindo-se à vitória de Armando para o Senado, nas eleições de 2010, com o apoio do então governador-candidato à reeleição, Eduardo Campos (PSB). (Blog da Folha)