Numa região em que a cultura da cana-de-açúcar já foi a força da economia, o candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, aproveitou o comício da Frente Popular em Palmares, na Mata Sul, para criticar a política do Governo Federal para o setor sucroalcooleiro, que enfrenta grave crise, inclusive com o fechamento de usinas na região. O socialista acusou o Governo Dilma de ter “matado o preço do álcool”.
“Até pouco tempo, no governo Lula, novas usinas abriam. Mas hoje, com a política errada na Petrobras, e todo mundo sabe, tem ouvido nos rádios, nas televisões, nos blogs, o que vem acontecendo na Petrobras, eles mataram o preço do álcool, que só é competitivo com uma diferença superior a 30% em relação ao preço da gasolina”, condenou o socialista.
Diante do preço baixo do álcool, explicou Eduardo, os produtores de cana passaram a fazer açúcar. “E o preço do açúcar foi lá pra baixo no mercado mundial. O Brasil o País que mais produz açúcar no mundo. Isso fez com que as usinas do Nordeste começaram a pagar o preço dos erros de Dilma na política de preços dos combustíveis”, atacou o socialista, acrescentando que é preciso “resgatar essa atividade”.
Eduardo voltou a dizer que a presidente Dilma Rousseff (PT) deixará o País pior do que recebeu, coisa que não acontece há muito tempo. “Itamar Franco passou o governo para Fernando Henrique, que repassou em situação melhor do recebeu para Lula. O próprio Lula, ao fim das suas gestões, deixou o Brasil em melhor situação do que assumiu. E Dilma vai deixar o País numa situação pior”;
Ao defender o nome de Paulo Câmara para o governo, Eduardo Campos afirmou que o correligionário vai levar a Universidade Estadual de Pernambuco para Palmares. (Clemilson Campos/Folha de Pernambuco)
