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CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

Voto é coisa séria.
Um político da minha região em Pernambuco fez uma visita ao “seu” Deputado Federal para pedir umas emendas. Foi bem recebido no gabinete, mas, ao formular o pedido ouviu: “Caro amigo os votos que recebi em sua cidade foram muito bem pagos, proporcionalmente foram os mais caros. Portanto, nosso compromisso cessou no final do pleito.”.
Um empresário do agronegócio ao chegar a uma nova fronteira agrícola foi ao Banco do Brasil e apresentou uma proposta. Trinta dias depois o gerente deu o veredito: “Amigo não temos como atender o seu pleito, você não é conhecido na região, tivemos dificuldade para coletar informações a seu respeito. Vamos aguardar um pouco mais, quem sabe no próximo ano”. O empresário rural coçou o queixo e disse: “Ficou difícil, em minha região anterior não era atendido com crédito porque as pessoas me conheciam, aqui não recebo o empréstimo em função de não ser conhecido”.
Estas duas “estórias” servem de base para a tese a ser defendida nesta crônica, que se destina aos eleitores da nossa região. Caros amigos ao entrarem na cabine de votação evitem votar em políticos com o perfil do que citamos no paragrafo inicial, assim como fuja daqueles que quando mais conhecemos mais percebemos que não merecem confiança.
Enquanto o voto distrital não chega vamos votar em quem realmente tem compromisso com nossa região, chega de políticos “Copa do Mundo”, aqueles que aparecem de quatro em quatro anos, esqueçamos os candidatos representados por “cabos eleitorais”, vamos votar em pessoas que sabemos onde mora, que temos informações sobre seus atos e, principalmente, que possamos medir o grau de responsabilidade com nossas causas no curto e longo prazo.
É hora de nos orgulharmos dos votos dados, político nenhum se arrepende de votos recebidos, o arrependimento sempre fica com o eleitor. Nossa região, nosso Estado e nosso Brasil jamais mudarão somente pelo voto. O voto é uma das ferramentas da democracia, não foi não é e nunca será a única. Quando é feito de forma “irresponsável” o dano torna-se irreparável, façamos uso deste instrumento democrático em favor do coletivo, jamais do interesse particular, assim procedendo as mudanças que carecemos terão espaço para acontecer.
O processo eleitoral no Brasil tem muitos vícios, alguns deles alimentados pelos eleitores que em nome do imediatismo são tentados a votar no candidato “bonzinho”, aquele que ajuda. O gestor público sobe pelo voto e pelo voto cai, quem segura este “controle remoto” precisa fazer valer a sua força. Pesem antes do voto, depois é tarde.
Por: Ademar Rafael 

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