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TUCANOS AVALIAM QUE ERRARAM NO TEMPO DA ALIANÇA

Logo que a pesquisa do Ibope divulgada ontem sobre a sucessão estadual ganhou conhecimento público, muitos tucanos correram para ver se o seu correligionário Daniel Coelho era citado no levantamento. Para eles, infelizmente, não foi.
A expectativa foi alimentada pelo fato de uma consulta interna ter apontado recentemente que o deputado estadual iniciaria a disputa pelo Palácio das Princesas com bom percentual e à frente do pré-candidato da Frente Popular, Paulo Câmara (PSB). Após assimilarem a “frustração”, alguns membros do PSDB-PE voltaram a fazer a avaliação que o partido errou no tempo. No tempo de celebrar aliança com o campo governista.
Apesar de praticamente todos os principais tucanos pernambucanos preservarem a memória do seu ex-presidente Sérgio Guerra, falecido no início do ano, eles ensaiam um discurso homogêneo de que o PSDB poderia ser decisivo no atual pleito se tivesse esperado um pouco mais, sobretudo pelo fato de que não tinham ideia de quem seria o nome apresentado pelo ex-governador e presidenciável Eduardo Campos para a sucessão estadual.
Tem muita gente no PSDB frisando que esse provável erro ainda contabiliza o fato de que o partido não se organizou para a disputa proporcional federal, que hoje é apontado como o único elemento que segura a legenda na Frente Popular de Pernambuco. Alguns, no entanto, esquecem de citar que o partido foi, digamos, bem recompensado com cargos importantes no Governo do Estado. Afinal, são três secretarias e uma estrutura como o Detran sob o comando tucano.
O fato é que o PSDB estaria disposto a discutir um novo caminho, mas sem nenhuma condição de organizar esse caminho. Os pernambucanos da legenda estão à espera do presidenciável do partido, Aécio Neves, na próxima segunda-feira, para terem o indicativo de como marchar no pleito deste ano.
E muitos deles estão com os dedos cruzados para que o comandante da legenda minimize o rompimento com o PSB em Minas Gerais – onde os socialistas teriam quebrado acordo e vão lançar candidato próprio ao governo – e indique que não seria bom brigar com Eduardo, uma vez que poderá precisar dele em um eventual segundo turno contra a presidente Dilma Rousseff (PT). 

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