Demorou mas chegou
Passados sessenta e quatro anos, voltamos a sediar o evento que é considerado um dos maiores espetáculos do Planeta. O outro foi em 1950, quando o estádio do Maracanã, no Riode Janeiro, era inaugurado e abria os seus portões para receber a sua primeira Copa.
Em outubro de 2007, a FIFA ratificou o Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014. Durante quase sete anos, ficamos imaginando como seria a Copa. De repente, estamos frente a frente com o Mundial. Amanhã, 12 de junho (Dia dos Namorados) chegará o momento de os apaixonados pelo futebol se reencontrarem com a maior competição de seleções do mundo. O primeiro capítulo da 20a Copa do Mundo será Brasil x Croácia, 17h, no Itaquerão (SP).
Ao mesmo tempo em que existe grande expectativa pela largada brasileira rumo ao hexa, há uma enorme preocupação com possíveis manifestações de grupos contrários à realização do Mundial ou de como foram gastos os recursos. A Copa das Confederações, ano passado, já deu muita dor de cabeça para a FIFA e para as autoridades brasileiras. Situação que deve se repetir até o dia 13 de julho, data da grande decisão, no Maracanã.
Mas, como nem tudo é desgraça, o contágio festivo já toma conta das ruas onde o verde e amarelo se misturam dando uma demonstração de como será a recepção à nossa querida seleção canarinha. O clima da copa já chegou há algum tempo e a cada dia foi ganhando força. No último sábado (07.06), sete seleções desembarcaram no País e no domingo outras sete acampavam por aqui. Em Teresópolis, a cidade abraçou a seleção brasileira, fazendo o time sentir o carinho que o espera durante o torneio. Apesar de não terem podido assistir ao treino da tarde do sábado, os torcedores fizeram festa e à noite puderam acompanhar toda a movimentação. Dentro de campo, o tom foi de seriedade nos trabalhos.
Para fechar o domingo com festa, tivemos, ainda, um grande público prestigiando o amistoso entre Fluminense e a seleção da Itália, que acabou com um placar de 5 X 3 para os italianos.
Agora é esperar a bola rolar, torcer pelos nossos craques, na confiança de que a nossa seleção faça a festa, diferentemente do que ocorreu em 1950, naquele fatídico jogo em que fomos derrotados para o Uruguai quando precisávamos apenas de um empate.
É bom termos consciência de que isso são coisas do futebol, e não devemos deixar que amargas lembranças interfiram em nosso astral. Cada competição tem suas particularidades e, no momento, o foco está na conquista do HEXA. Vamos incentivar os nossos craques, vibrar a cada vitória e torcer para que os protestos sejam adiados para depois de 13 de julho. Afinal, o público merece o nosso respeito e não devemos estragar o espetáculo; principalmente quando boa parte dos torcedores é composta de estrangeiros que vêm tão somente abrilhantar a festa e não merecem sob qualquer hipótese pagar pelos nossos desmandos.
Danizete Siqueira de Lima
