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MARINA PESARIA MAIS CONTRA NO MOMENTO ATUAL

Quando a ex-senadora Marina Silva ingressou no PSB, há pouco mais de oito meses, muitos se apressaram para fazer a avaliação de que ela seria capaz de transferir para o presidenciável do partido, Eduardo Campos, um capital político-eleitoral que apontava para quase 20 milhões de votos. O discurso de que ela seria capaz de abrir portas foi encorpando e as diferenças entre os dois foram minimizadas, destacando-se quase sempre o tal sentimento de mudança que as pesquisas identificam nas ruas desde junho do ano passado.
Talvez, porém, alguns próximos do ex-governador não colocaram na conta o provável peso que essas diferenças poderiam ter. Os até aqui oito meses de aliança entre Eduardo e Marina têm registrado uma série de constrangimentos para o pernambucano, como o afastamento do setor do agronegócio e a negativa pública à aliança fechada com o PSDB de São Paulo.
Com Marina Silva, Eduardo não tem sido ele mesmo. Passou a se equilibrar entre apontar as falhas do governo da presidente Dilma Rousseff, apresentar-se como aquele que empunha a bandeira da nova política e, mais recente, se diferenciar de Aécio Neves. Ficou refém de um discurso que encontra muita simpatia por parte de uma parcela significativa da população. Contudo, se afastou de fundamentos que acabam soando como mais determinantes para vencer uma eleição.
O eleitor brasileiro está, com certeza, cansado das velhas raposas tão criticadas por Eduardo. Mas parece que o mesmo eleitor está mais cansado ainda da promessa – quase sempre em tom ufanista/nacionalista – de exclusão dessas figuras carimbadas da nossa política. A população anseia pela manutenção de elementos básicos como poder de compra, emprego e estabilidade financeira. Quer mais? Claro! Porém, a eleição atual sinaliza, primeiro, para a retomada desses elementos.
E agora que o efeito Marina Silva parece ter passado – Eduardo tem o mesmo percentual que tinha antes da entrada dela no PSB – já começam a surgir os rumores de um afastamento. Campos, inclusive, teria encomendado pesquisas sobre a possibilidade de disputar o pleito sem a ex-senadora como vice. (Blog da Folha)

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