O ex-vice-governador do Distrito Federal Paulo Octavio (PP) foi preso por volta das 21h desta segunda-feira (2) em Brasília por desrespeito à ordem jurídica.
O político foi preso quando saía do escritório que funciona num dos hotéis dele, localizado no centro da capital federal.
Paulo Octavio foi levado inicialmente para a carceragem da Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (Deco), localizada no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). De lá, ele foi transferido para o Departamento de Polícia Especializada (DPE), localizado próximo ao Parque da Cidade.
O ex-vice-governador é suspeito de participação num suposto esquema de corrupção de agentes públicos para a concessão de alvarás. A liberação dos documentos envolve, segundo as investigações,
empreendimentos imobiliários no DF. A investigação, iniciada em 2011, resultou na prisão temporária do administrador de Águas Claras, Carlos Sidney de Oliveira.
Ao deixar o DPE, na madrugada desta terça-feira (3), o advogado Marcelo Turbay Freiria informou que Paulo Octavio ainda não sabia os motivos da prisão. “Ele [Paulo Octavio] sempre permaneceu a disposição tanto da autoridade policial quanto do juiz. Nós formulamos uma petição para que sempre que questionado ele pudesse comparecer e prestar qualquer tipo de esclarecimento que fosse necessário”.
Segundo Freiria, por também ser advogado, Paulo Octavio tem direito a permanecer numa cela do Estado-Maior da Polícia Militar, reservada a oficiais das Forças Armadas e pessoas com curso superior. O advogado informou que iria pedir a transferência do político ainda durante a madrugada.
Freiria disse também que o pedido de revogação da prisão estava sendo elaborado. O documento, segundo ele, seria entregue ao juiz de plantão do Tribunal de Justiça do DF.
Ao todo, o Ministério Público denunciou 10 pessoas por suspeita de participação no esquema de liberação de alvarás, incluindo Paulo Octavio. Entre as obras investigadas pelo MP está um shopping do ex-vice-governador em Taguatinga.
O advogado de Paulo Octavio rebate as acusações do MP. “Ao longo da investigação isso foi questionado a ele. Essa acusação não procede. Ele está absolutamente tranquilo, sereno e seguro de que essa prisão é absolutamente descabida”.
Paulo Octavio responde a sete ações na Justiça pelos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica e corrupção ativa e passiva.