Candidato do PSDB à Presidência da República, o senador Aécio Neves (MG) anunciou nesta sexta-feira (20), no Rio de Janeiro, que o ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga irá coordenar a equipe que apresentará propostas para a área econômica de seu programa de governo. Além de Fraga, o tucano divulgou os nomes de outros cinco responsáveis por suas propostas eleitorais. O time do PSDB será comandado pelo ex-governador de Minas Gerais Antonio Anastasia.
Sócio-fundador da Gávea Investimentos, Arminio Fraga já tem atuado nos últimos meses como interlocutor de Aécio com o mercado financeiro e com investidores. Segundo o presidenciável do PSDB, o economista que presidiu o Banco Central durante a gestão Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) será o “copiloto” de seu programa de governo.
Acredito que estamos precisando rearrumar a economia brasileira para ela crescer. Isso é o que vamos procurar fazer. Diminuir as incertezas e criar condições para a economia. Investir em pessoas. Esse é o básico”
“Ele [Fraga] é o copiloto deste boeing. Ele já vem conosco desde o início ajudando na formulação da nossa política econômica, junto de outros importantes economistas. Eu quero anunciar oficialmente nossos comandos nessa construção das diretrizes do programa de governo que serão apresentadas no início de julho”, disse Aécio no momento em que anunciou a equipe que irá construir seu programa de governo.
Após o anúncio, Fraga criticou a política econômica da presidente Dilma Rousseff. Na visão do economista, é preciso reorganizar a economia brasileira.
“Acredito que estamos precisando rearrumar a economia brasileira para ela crescer. Isso é o que vamos procurar fazer. Diminuir as incertezas e criar condições para a economia. Investir em pessoas. Esse é o básico. O resto falta muito tempo”, disse Fraga.
De acordo com o tucano, Fraga é a “grande referência” de sua campanha para a economia. Aécio também citou os economistas José Roberto Mendonça de Barros e Samuel Pessoa como outros especialistas que irão auxiliá-lo a elaborar suas propostas econômicas. Ele, no entanto, enfatizou que o ex-presidente do Banco Central é quem “está mais próximo” da elaboração das propostas.