O ex-governador de Pernambuco e provável candidato a presidente Eduardo Campos (PSB) afirmou nesta quarta-feira (28) que a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), colocou o País no caminho errado e que as conquistas obtidas antes do governo dela serão derretidas caso ela seja reeleita. “É importante que a gente perceba que, se o País continuar no caminho errado que a presidente Dilma colocou, o Brasil vai derreter as conquistas dos últimos anos”, afirmou ele, em Ribeirão Preto (SP).
Eduardo rebateu as críticas feitas por Dilma ontem, em um jantar em Brasília, sobre a promessa do pessebista de baixar a meta de inflação para 3% ao ano. Ele disse que a inflação atual derrete os empregos e a renda da população. “A roda que a presidente Dilma colocou para rodar no Brasil é do baixo crescimento, inflação em alta e juro em alta”, afirmou. “É importante que a presidente Dilma tenha a humildade de compreender que o Brasil pegou o caminho errado e para melhorar é fundamental conter a inflação”, completou.
O provável candidato do PSB à sucessão de Dilma ampliou as críticas e afirmou que os três anos da presidente no cargo são os de mais baixo crescimento da história republicana do País. “Não estou falando algo que não esteja lastreado em dados oficiais”, disse.
Eduardo afirmou que, para conter a inflação, é preciso uma boa governança macroeconômica, mas que a presidente “esconde do povo um tarifaço para depois das eleições”, com as altas na gasolina e na energia elétrica. “Não dá para conter a inflação escondendo do povo o que ela está preparando para depois das eleições, um tarifaço da gasolina e da energia elétrica. Ela autorizou um empréstimo de R$ 20 bilhões nas distribuidoras de energia para pagar depois das eleições com o reajuste nas contas”, afirmou. Eduardo voltou a dizer ainda que houve uma quebra de confiança entre os agentes de mercado e o governo e que só uma mudança política em 2015 melhorará o humor do Brasil e da economia.
Já sobre as diversas opções de aliança do PSB em São Paulo, o ex-governador e presidente nacional do partido avaliou que há uma definição pela candidatura própria, sem consenso, e evitou polêmica sobre o acordo. “Não cabe a nós ficar administrando palanques estaduais, isso cabe às lideranças estaduais. Temos de oferecer um programa e a possibilidade de o Brasil mudar e para melhor”, concluiu.
Eduardo chegou ao seminário Agenda Ribeirão, realizado em um hotel na cidade do interior paulista, no momento em que o provável candidato do PT ao governo paulista, Alexandre Padilha, deixava o local. No entanto, os organizadores conseguiram fazer com que ambos não se encontrassem. Enquanto Eduardo subiu por uma escada, Padilha desceu do mezanino para o térreo por um elevador.