O ex-cirurgião plástico Farah Jorge Farah foi condenado a 16 anos de prisão, em regime inicial fechado, por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Ele foi considerado culpado por matar e esquartejar a paciente – e amante – Maria do Carmo Alves, crime que ocorreu em 2003, informou a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
A sentença foi lida pelo juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo, do 2º Tribunal do Júri, na madrugada desta quinta-feira (15) no plenário 10 do Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste da capital paulista.
O júri foi composto por cinco mulheres e dois homens.
Como Farah está solto poderá recorrer da decisão em liberdade.
O último dia de julgamento começou na manhã desta quarta (16) e entrou pela madrugada. O júri foi reiniciado com o interrogatório do réu pelo juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo, depois pelos promotores e em seguida pelos advogados de defesa.
Na terça-feira (13), o segundo dia de julgamento terminou por volta das 21h10. Ao todo, 16 testemunhas, sendo oito de acusação e oito de defesa, foram ouvidas nos dois primeiros dias de júri.
Após ter sido adiado por cinco vezes – a última vez foi em março deste ano -, o julgamento começou oficialmente por volta das 12h e foi interrompido por volta das 22h de segunda-feira (12).
No primeiro dia foram ouvidas sete testemunhas, sendo seis de acusação e uma de defesa. A última a depor foi Sandra Maria Pinto Sampaio, que acusou Farah de assédio. Uma ex-paciente também foi ouvida. Maria das Graças Amaro acusou Farah de abusá-la durante cirurgia estética nos seios. “Lembro de ter ouvido ele falar no meu ouvido: ‘Quer namorar comigo, quer namorar comigo’.”