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CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

Eleições 2014 – Dilma
Durante o mês de abril os analistas políticos, em diversos meios de comunicação, avaliaram a instabilidade da candidatura da Presidente Dilma ao segundo mandato. Determinadas análises animam a oposição e sugerem que o governo abra os olhos muito bem abertos, outras afirmam que a situação está sob controle.
Quem é Dilma? Militante política que sofreu durante a ditadura imposta pelo golpe de 1964. Ingressou na política partidária no Rio Grande do Sul onde exerceu os cargos de Secretária da Prefeitura de Porto Alegre e Secretária no estado gaúcho. Pelo destaque na elaboração do programa do governo Lula foi nomeada Ministra das Minas e Energia e posteriormente da casa Civil, após o escândalo do Mensalão.
A missão? Reconquistar a popularidade em queda e vencer a eleição no primeiro turno, caso tenha que enfrentar uma segunda rodada os esforços serão duplicados.
O sonho? Conseguir que a economia cresça que a inflação fique comportada e que as manifestações previstas para o período da Copa do Mundo não promova o estrago que os movimentos de 2013 causaram.
As dificuldades? Suportar a carga explosiva que a oposição e os setores descontentes com o governo jogarão sobre seus ombros depois da Copa do Mundo. Manter a militância petista ao seu lado, com a garra de outrora. Convencer o eleitor que pode fazer mais em um segundo mandato.
O que não deve fazer? Ficar refém de Lula, do PMDB ou de outro partido. Achar que tudo pode ser revertido com o poder da caneta. Dar demasiado crédito as pesquisas. Desqualificar as correntes contrárias ao governo sem avaliar que muita coisa está funcionando em nível abaixo das expectativas criadas. Pousar de vítima das elites e dos conservadores. 
Se ganhar? Fará um governo diferente uma vez que a vitória será atribuída a sua imagem, tudo terá sua cara o cordão umbilical que liga Dilma a Lula será rompido. Não ficará subordinada a partidos, usará novo modelo mais aderente ao seu estilo de “gerentona” que foi sendo esvaziado durante o primeiro mandato. Fortalecerá as políticas sociais bancadas pelo idealismo. Promoverá a reforma administrativa e reforma 
política que o país necessita para deixar de ser uma republiqueta. 
Um fato que merece destaque? A incapacidade de negociar preventivamente, inclusive através dos interlocutores nomeados para tal, permanece minando a relação entre a Presidente e os demais poderes sem que a candidata assuma a responsabilidade com o diálogo necessário para reduzir clara antipatia reciproca.
Por: Ademar Rafael 

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