Vivenciando um período de crescimento na disputa sucessória do Palácio do Planalto, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) vai tentando afastar um tema que poderia ser prejudicial a sua imagem ao longo da campanha eleitoral: o suposto uso de drogas. O presidenciável , durante atividade pré-eleitoral em Porto Alegre, atribuiu as insinuações que circulam sobretudo nas redes sociais de que ele é usuário de drogas – principalmente, de cocaína – ao PT, que o veria como uma ameça à presidente Dilma Rousseff.
“A gente vive um submundo da política nas redes, onde se dissemina qualquer tipo de acusação contra os adversários esperando que alguém, talvez desavisadamente, leve o assunto para o dito jornalismo sério. Tenho uma história de vida, para quem não me conhece, absolutamente digna e honrada, reconhecida até pelos adversários”, afirmou Aécio Neves.
O presidenciável, contudo, ressalta que a acusação de que ele faz uso de cocaína o acompanha por pelo menos 15 anos. E o tucano fez questão de frisar que, mesmo sofrendo esse tipo de ataque, tem conseguido acumular vitória sobre petistas nos pleitos que disputou em Minas Gerais.
“Como não têm sobre a minha vida absolutamente nada, dizem que eu sou despreparado, que eu sou incompetente. Me acusam (de usar drogas) há 15 anos. Mas ao longo dos últimos 15 anos, eu me especializei em uma coisa: em derrotar o PT. Há 15 anos, eu ganho do PT no primeiro turno, em todas as eleições, no meu Estado”, provocou.
Na semana passada, em entrevista à UOL, Aécio admitiu que já experimentou maconha quando tinha 18 anos de idade. O mineiro, que assegurou ter parado na erva, completou na sequência que não gostou da experiência e não a recomendou a outros jovens do País.
A tentativa de associação do presidenciável do PSDB ao uso de drogas ganhou destaque durante o lançamento de uma página no Facebook (Aécio Cheiradaço). O tucano tentou proibir na Justiça esse tipo de iniciativa, mas não encontrou respaldo no judiciário, que permitiu a continuação da ironia com o nome de Aécio.