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OPINIÃO DO PERNINHA

Quando será o próximo apagão?
Na segunda semana de março/2014, a Presidente Dilma Rousseff liberou recursos da ordem de 12 bilhões de reais para alívio de caixa das empresas do setor elétrico. Essas empresas passam por dificuldades no abastecimento, devido à baixa em seus reservatórios advinda da escassez de chuvas, e que tem forçado a compra de energia mais cara das termelétricas, como medida alternativa e/ou única para se evitar os famosos “apagões”, que causam enorme prejuízo à economia e deixam a população em polvorosa.
A perspectiva nada animadora de racionamento de energia ainda neste ano, que já afeta a combalida economia, não deve ser debitada apenas à gestão da atual presidente, pois o déficit energético acumulado ao longo do período petista, de quase doze anos no Planalto, representa um dos principais desafios para o próximo governo.
Não faz muito tempo, ouvimos da própria presidente e do ministro Edson “Bobão”, ou melhor, Lobão, que o Brasil estava livre de apagões. Aliás, a presidente já falava isso como ministra, sempre que criticava os governos anteriores, especificamente, o de Fernando Henrique Cardoso. Mas essas afirmativas não condizem com a realidade, quando vimos apagões últimos que afetaram regiões inteiras.
Só para citar um exemplo, temos aqui em nosso estado um péssimo serviço prestado pela CELPE – atual campeã de queixas -, por vir causando interrupções frequentes no fornecimento de energia e provocando inúmeras mortes por eletrocussões, o que configura sintomas de uma infraestrutura precária. A queda de luz no Réveillon e no Carnaval em Porto de Galinhas, foi um claro sinal do que está por vir.
Por mais que o governo federal aponte a escassez de chuvas como fator decisivo, não há como esconder a crise que o setor atravessa. A falta de investimentos necessários para a modernização e expansão do sistema, visando ao atendimento de uma demanda cada vez mais crescente, desde muito se arrasta, e o que vemos hoje é simplesmente a colheita do que não plantamos.
Liberar bilhões e bilhões para socorrer as empresas e transferir esse ônus para o tão sofrido consumidor – que já paga caro por um serviço de péssima qualidade – é contraproducente e não vai resolver o problema, ou seja, é como adiar a morte do paciente enquanto se espera que apareça alguém com a devida competência para administrar a sua cura.
De nada valerá o discurso de que se pode fazer muito mais se não nos é mostrado nem o menos que está sendo feito. Não dá para entender como os nossos políticos são tão inescrupulosos, nem como os nossos eleitores são tão incautos na hora de fazerem as suas escolhas. É por essas e outras que se criou a máxima aplicada até os dias atuais que diz que “cada povo tem o governo que merece”.
Danizete Siqueira de Lima
Recife-PE – abril de 2014.

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