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OPINIÃO DO PERNINHA

Sport ganha a Copa Nordeste, e o Brasil, um novo treinador.
Da quarta para a quinta feira última (10), o Recife deitou e acordou em festa. Chuva de papel picado, bandeiras enfeitando as sacadas dos apartamentos, faixas e cartazes pelas ruas principais, um “buzinaço” ensurdecedor e veículos envolvidos com bandeiras vermelhas e pretas davam o tom da festa rubro-negra. E não era para menos. A 400 km daqui, na Arena Castelão, em Fortaleza-CE, o Sport empatava em 1 x 1 com o Ceará e conquistava a taça de campeão da Copa do Nordeste, já que havia vencido o primeiro jogo na Ilha do Retiro pelo placar de 2 x 0.
Quis o destino que o confronto acontecesse no Ceará, sob as bênçãos do Pe. Cícero Romão Batista (o santo do Juazeiro), que vieram coroar o êxito alcançado pelo clube pernambucano, quando os mais céticos achavam praticamente impossível. E era. Ninguém de sã consciência imaginaria que existisse chance de reação. Basta lembrar que nos quatro primeiros jogos o Sport somou dois pontos: empates de 1 x 1 com o Botafogo/PB e 0 x 0 com o Guarany de Sobral (jogando em casa); nos outros dois jogos, perdeu por idênticos placares de 1 x 0 para o Náutico (em casa) e para o Guarany, em Junco.
Após a derrota para o Guarany, no 4º jogo da primeira fase, ainda no gramado, o técnico Geninho jogou a toalha. Em situação de emergência, o comando da equipe rubro-negra foi parar nas mãos do preparador físico Eduardo Batista. Excelente profissional em sua área, plenamente adaptado ao Sport e homem de confiança da direção, Eduardo assumiu com a missão de comandar o Sport nas duas partidas que restavam na 1ª fase – iniciando a transição para o futuro treinador.
Vale salientar que a efetivação do preparador físico não estava nos planos do Sport. Mas, sabe aquela história de que, no futebol, todo treinador é interino e são os resultados que determinam o tempo de permanência nos clubes? No fundo, essa frase é uma verdade absoluta na cultura do futebol brasileiro. Eduardo Batista foi a prova. As vitórias sobre o Náutico na Arena Pernambuco e sobre o Botafogo/PB na Ilha transformaram o impossível em realidade. O desacreditado Sport avançou à 2ª fase da Copa do Nordeste. E não foi só isso. A equipe esboçava, pela primeira vez na temporada, um futebol convincente.
E foi assim que, apresentando um volume de jogo maior a cada novo confronto, ao final de doze partidas, na Arena Castelão tomada por mais de 60.000 torcedores, três mil rubro-negros aproximadamente puderam ecoar o famoso grito de guerra (“cazá, cazá, cazá”), alternando com a máxima de “ô, o meu Leão voltou, o meu leão voltou, o meu leão voltou, ô”.E voltou mesmo. Voltou calando a boca de muitos críticos e mostrando que a garra e a determinação da família leonina, aliadas a um trabalho sério da diretoria, em conjunto com o seu treinador interino, e o apoio da torcida fizeram a diferença, levando o SPORT a conquistar o tri campeonato do Nordeste; os outros dois títulos foram conquistados em 1994 e 2000. Foi 
assim, também, na Copa Brasil de 2008, que Nelsinho Batista (pai de Eduardo), com um time desacreditado, levou o Sport ao título para alegria dos pernambucanos.
É bom lembrar que da safra de 2008 pudemos contar com a experiência do goleiro Magrão e do zagueiro Durval, mas, por questão de justiça, temos que tirar o chapéu para Neto Baiano, o centroavante que chegou de mansinho, foi se firmando no clube e mostrou que essa história de maldição da camisa 9 rubro-negra é puro engodo e não condiz com a realidade da raça leonina. 
Encerramos com os nossos mais sinceros parabéns ao Sport, a toda a família rubro-negra e, por que não dizer, ao nosso querido Estado de Pernambuco. Agora vamos aguardar o desfecho do campeonato pernambucano para ver quem merece colocar no peito a faixa de Campeão 2014.
Danizete Siqueira de Lima

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