ESPAÇO DO INTERNAUTA

Na tarde do último domingo, a nossa amiga Geraldina Alcântara de Macedo – que há três ou quatro anos lutava contra um câncer – acabava de dar o seu último suspiro na UTI – Unidade de Terapia Intensiva, do Real Hospital Português, aqui em Recife- PE.

Filha de uma família humilde, a menina Geraldina nasceu em 28/08/1952, na cidade de Afogados da Ingazeira-PE. Muito cedo entrou para o mercado de trabalho para ajudar no sustento da família. Sertaneja autêntica, muito extrovertida e altamente inteligente, deu seus primeiros passos profissionais como assistente contábil, trabalhando por alguns anos com o Sr. Damião Alves dos Santos, Bião, como era conhecido (in-memorian), até ser aprovada em um concurso público e entrar para o Banco do Brasil, onde fez história chegando ao cargo de gerente (uma das primeiras mulheres a galgarem esse posto).

A sua posse deu-se em Afogados da Ingazeira por volta dos anos 1970, mas, pouco tempo depois, foi transferida para a capital pernambucana passando pelas agências Santo Antônio e Dantas Barreto, onde exerceu a função de caixa por um bom tempo e ampliou o seu leque de amizades. Resolvendo voar mais alto, saiu de Recife para gerenciar a agência de Carnaíba, depois Triunfo e, por último, Taquaritinga do Norte, todas dentro do Estado. Após a sua aposentadoria, recebeu um convite para um cargo de diretoria na AABB-Recife-PE, onde fez um ótimo trabalho na área social do Clube.

Em seu velório, que aconteceu no próprio hospital em que faleceu, era grande a presença de amigos que vieram de sua terra natal, contemporâneos do Banco do Brasil (a maioria ex-colegas das agências de Recife pelas quais passou), pessoas que frequentavam a mesma academia, vizinhos e familiares, como a irmã Anastácia, seus três filhos, genros, sobrinhos e uma legião de admiradores.

Dentre as coroas recebidas, nos chamou a atenção a da academia que ela frequentava, que continha mais ou menos estes dizeres: “A lembrança que fica de você é da alegria contagiante, pois onde você estava não havia tristeza.” Realmente, ela não deixava espaço para a melancolia, e isso eu pude comprovar ao longo do nosso convívio.

O velório estendeu-se por toda a noite até o dia seguinte e, às 10.30h da segunda feira (07), o corpo foi transportado para o cemitério Morada da Paz, em Paulista-PE, para ser cremado. Não pude comparecer ao ato da cremação, mas fui informado por alguns parentes que, atendendo a um pedido da mesma, as cinzas serão jogadas parte no mar e parte no Rio Pajeú , o rio que ela tanto amou e banhou-se em suas águas quando criança.

De resto, somente a saudade e a certeza de que ela descansa à direita do Pai. Aos familiares, os nossos sinceros votos de pesar e que Deus lhes dê o merecido conforto.