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DECISÃO DO MINISTÉRIO PUBLICO FEDERAL GARANTE DEMARCAÇÃO DA TERRA INDÍGENA EM FLORESTA

O Ministério Público Federal (MPF) em Serra Talhada, sertão de Pernambuco, conseguiu decisão judicial, de caráter definitivo, condenando a Fundação Nacional do Índio (Funai) a finalizar, em até 24 meses, a demarcação das terras da comunidade indígena Pipipã, no município de Floresta.
A ação foi um dos processos ajuizados pelo MPF, em 19 de abril do ano passado, pela garantida das terras indígenas. Na época, tendo como o marco o Dia do Índio, a instituição intensificou a atuação em todo o país pela defesa das áreas tradicionalmente ocupadas por esses povos. A responsável pelo caso é a procuradora da República Natália Lourenço Soares. O descumprimento da decisão resultará em multa diária no valor de R$ 1 mil para a fundação.
Restrição de direito – A comunidade Pipipã é integrada por cerca de 1,3 mil indígenas. Foi reconhecida pela Funai em 2003, passando a ser beneficiária das políticas públicas voltadas a esses povos. Os trabalhos antropológicos de campo para regularizar a terra tiveram início em 2005.
Conforme consta da sentença, o procedimento demarcatório já durava mais de 10 anos, sem previsão de fim. A Justiça entendeu que as autoridades responsáveis pela demarcação não podem permitir que o excesso de tempo para seu desfecho acabe por restringir o direito que se busca resguardar.

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