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CRÔNICA DO ADEMAR RAFAEL

Imprensa investigativa ou direcionada?

Caso o livro “Deus é inocente, a imprensa não” tivesse sido escrito por alguém de fora do jornalismo o autor, com certeza, teria enfrentado uma luta desigual. Mas, como foi da lavra do jornalista Carlos Dorneles, os órgãos da imprensa nele citados pouco fizeram para desmentir os registros da magnífica obra.
Em referido livro Dorneles expõe o “servilismo” da mídia para com alguns setores políticos e religiosos e menciona não somente publicações do Brasil cita vários veículos de comunicação do mundo. Apesar do foco ser o atentado de 11.09.2011, nas torres gêmeas nos EUA, por similaridade podemos estender os casos para outros eventos.
Visando dar clareza aos escândalos políticos, econômicos e financeiros, deste pais tropical chamado Brasil, pipocam nas livrarias vários títulos. O perigo está nesta “proliferação induzida” façamos, portanto, uma viagem pelos caminhos tortuosos da investigação jornalística brasileira.
Em “O príncipe da privataria” (2013) o jornalista Palmério Dória reaquece versões de fatos ocorridos durante o governo de FHC, alguns contestados, outros levados para baixo do tapete pelo atores na época em que ocorreram. Este mesmo jornalista, em 2009, publicou “Honoráveis bandidos”, relatando peripécias do ex-presidente Sarney. Rubens Valente por meio do “Operação Banqueiro” (2013) apresenta as “estripulias” de Daniel Dantas, também dando uma reaquecida em notícias publicadas nos governos FHC e Lula. Estes três livros foram editados pela “Geração Editorial” que tem assumido o relevante papel de publicar obras geradas no lamaçal do poder, que apontam supostas irregularidades e esmiúçam vidas de políticos e empresários.
Segundo a mesma lógica, Lucas Figueiredo escreveu “O operador”, em 2006, pela Editora Record. Este livro joga luzes sobre as atividades de Marcos Valério, em relatos proibidos para menores de 25 anos. Tirar a importância das publicações é negar o esforço dos autores, a pergunta, contudo é: “Quem determina o hora da edição?
”. Defendo que liberdade de imprensa casa com  com isenção.
Ademar Rafael 

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