
Barragem de Ingazeira
Caro Junior FINFA,
Levo ao conhecimentos dos seus nobres leitores, a solução do último “empecilho” que poderia atravancar a continuidade da Barragem de Cachoeirinha (ou Ingazeira, como queiram) – A assinatura do DECRETO PARA PAGAMENTO DA INDENIZAÇÕES dos proprietários de terras que serão atingidos pelas águas barradas do velho Pajeú.
No dia 21 de junho de 1941, foi assinado o primeiro Decreto que tornava de utilidade pública a área correspondente a bacia hidráulica da Barragem de Ingazeira (ou Cachoeirinha, como queiram). Esperançosos ao ouvir as histórias de quem trabalhou na topografia nos primórdios dos estudos da citada barragem (alguns, infelizmente, já padeceram), iniciamos no ano de 2000, após a paralisação das obras iniciadas em 1998, um trabalho voltado a tirar todas as pendências que impediam o seu prosseguimento.
Conseguimos, com muitos esforços, após inúmeras viagens a Recife e Brasília, eliminarmos os entraves e recebemos a promessa de que o governo federal reiniciaria (isso mesmo, é uma obra paralisada) a construção da tão sonhada Barragem de Cachoeirinha (ou Ingazeira, como queiram).
Inicialmente, políticos como Inocêncio Oliveira, Zé Marcos, Vitalino Patriota (Prefeito de Tuparetama à época) e posteriormente o Ministro Fernando Bezerra e seu amigo Luciano Torres, juntamente conosco, abraçaram à causa e nunca perderam a esperança.
Hoje, caro FINFA, sem nenhuma pendência e com provisões financeiras totalmente favoráveis, além da previsão para término da construção o mês de setembro do corrente, começam a aparecer “os pais” da Barragem de Ingazeira (ou Cachoeirinha, como queiram), na tentativa de usufruir politicamente de benesses políticos.
Ora, lamenta-se que muitos ex prefeitos, prefeitos atuais, ex vereadores e os com mandatos, bem como ex deputados e os detentores da legislatura 2001/20014 tenham escondidos seus rostos para uma obra pública e de extrema necessidade para nossa região. Imaginavam que ela nunca sairia do papel.
No trocadilhos das nominações da Barragem, importa dizer que ela é nossa, de todos nós, está sendo construída com os nossos recursos e o sonho de 73 anos está se concluindo. Não haverá de ter dono nunca, adentraremos à doce água do Pajeú sem temermos que nos chicoteiem, comeremos dos peixes que brotarão da imersão do seu lago, subiremos às alturas como menino que no primeiro banho de rio perde o temor e dá suas primeiras braçadas desafiantes contra a correnteza, seremos mais valentes por que disporemos de água para beber e produzir. Teremos mais independência.
Haverei, nobre blogueiro, de ver as água do lago da Barragem de Ingazeira e Cachoeirinha lutando para derrubar a parede de concreto que barrará a corrente forte do Pajeú, como quem desafiando o homem é a natureza, no entanto, jamais perdi a fé em DEUS e nos homens de boa vontade.
Joel Gomes – Tuparetama/PE
