Diante de uma plateia de militantes e dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT), a presidente Dilma Rousseff rebateu nesta segunda-feira (10), sem citar nomes, críticas de potenciais adversários na eleição de outubro de que o modelo petista de governo “se esgotou” e afirmou aos integrantes do partido que possui “energias redobradas para fazer mais”.
“Não somos paralisados, não paramos, sempre seguimos em frente e à frente. Quero dizer a vocês que possuo energias redobradas para fazer mais”, enfatizou a presidente em meio à festa comemorativa aos 34 anos do PT, em São Paulo.
Ao longo dos 44 minutos de discurso no evento partidário realizado no centro de convenções do Anhembi – em que fez um balanço dos principais programas de seu governo –, a petista também respondeu declarações de líderes da oposição de que sua administração poderia ter “feito mais”. Ela classificou a avaliação oposicionista de “cara de pau”.
“Antes mesmo de assimilar grandes obras que realizamos, eles têm a cara de pau de dizer que o ciclo do PT acabou, que o nosso modelo se esgotou, que demos o que tínhamos de dar”, disse Dilma.
“Sabemos também que eles [oposição] dizem que esse governo poderia ter feito mais. Em governos sérios como o do PT, cada conquista, cada obra, cada serviço melhorado é só um começo. E porque acredito nisso, ninguém cobra mais de mim do que eu mesma. Ninguém questiona mais meu governo do que eu mesma”, complementou.
A presidente da República deu início ao seu discurso sob gritos de “Dilma, guerreira da pátria brasileira”. Na tentativa de retribuir a recepção calorosa, a chefe do Executivo classificou a militância do PT de “aguerrida”.
Para Dilma, as previsões “catastróficas” feitas sobre o desempenho de sua gestão são de autoria das mesmas pessoas que, no início do governo Lula, em 2003, haviam anunciado uma “debandada” de empresários do país e haviam profetizado que o Brasil ia afundar. “O fim do mundo chegou sim, mas para eles, e faz muito tempo”, alfinetou.