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CRÔNICA ADEMAR RAFAEL

A indústria de licenças.
Recursos de empresas privadas e de entes públicos estão sendo“levados a rodo” por uma das mais perversas indústrias instaladas no solo brasileiro: A indústria das licenças de saúde.
A legião de vampiros habita diversas cavernas. São profissionais de saúde que apresentam atestados em um emprego e tiram plantões em outros ambientes; funcionários da educação que tiram licença na escola “A” e atuam na escola “B”, muitas vezes seus substitutos são os que estão substituindo, isto é, Ademar substitui Rafael e por Rafael é substituído; encarregados de serviços gerais que “ficam doentes” no emprego com registro e trabalham como diaristas em outros locais; profissionais da área de segurança que faltam no emprego formal e fazem bicos em eventos.
O fato deriva do “jeitinho brasileiro” aliado com a fábrica de atestados. Os profissionais que atestam, quando cobrados, escondem-se por trás de uma legislação fajuta. Existem casos de atestados para doenças que acontecerão em datas futuras, sempre coincidentes com algo de interesse particular, são viagens, casamentos, formaturas, aniversários e outros. 
Os empregadores, privados e públicos, estão refém do processo e ainda correm o risco de sofrerem ações na justiça do trabalho por assédio moral se fizerem muitas perguntas, os sindicatos fazem que nada tem a ver com os desmandos dos seus filiados.
A queda da produção na indústria, sobrecarga de atividades no comércio a baixa qualidade dos serviços, motivadas pelas ausências entram no ralo de custos invisíveis e de prejuízos reais.
Os “doentes”, quando flagrados, alegam que os políticos roubam muito mais, que tudo mundo pratica a artimanha e que a “doença” de fato manifesta-se toda vez que chega ao trabalho. A criatividade das justificativas supera o imaginário, chegam a dizer: “Por que sua preocupação? Não é você que está pagando”.
Caso o prazo da licença supere o período em que o empregador é responsável pelo pagamento o custo é levado aos Institutos de Previdência e a farra com dinheiro alheio continua.
Por: Ademar Rafael 

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