A Colônia Penal Feminina do Recife, conhecida como Bom Pastor, no Engenho do Meio, foi alvo de uma vistoria de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OPAB-PE), nesta quinta-feira, dentro do cronograma de visitas da entidade às unidades prisionais do Estado. No local, os dirigentes constataram que o espaço abriga três vezes mais mulheres que a sua capacidade, que é de 270 detentas.
Colônia Penal Feminina abriga 897 mulheres
Assim como nas outras penitenciárias visitadas pela Ordem, o problema da superlotação mais uma vez se fez presente, agora no Bom Pastor. Segundo a entidade, o local abriga 897 mulheres, o triplo da sua capacidade. Na vistoria, os representantes da OAB ouviram muitas reclamações das detentas, incluindo denúncias de maus tratos, problemas com higiene e também com a comida.
A colônia conta hoje com 56 agentes penitenciários e uma escola estadual dentro da unidade. Segundo informações da OAB-PE, cerca de 30% das mulheres que cumprem pena estão estudando. A visita da entidade à Colônia Penal foi realizada na manhã desta quinta-feira. O grupo foi recebido pela diretora da unidade, Charisma Tomé, e pelo superintendente de capacitação do sistema penitenciário, coronel Geovane Melo.
O cronograma de visitas da OAB será encerrado nesta sexta-feira (21), quando estará no Presídio Rorenildo da Rocha Leão, em Palmares, litoral Sul do Estado. Após as vistorias, a entidade irá elaborar um relatório previsto para ser concluído e apresentado em março. O documento será encaminhado aos setores competentes. Também será realizada audiência pública para discussão do tema.
