
O deputado estadual Daniel Coelho negou participação na indicação do seu ex-secretário parlamentar para a Secretaria-executiva de Fomento ao Empreendedorismo. Segundo o deputado, João Freire recebeu o convite do partido e lhe comunicou a saída do gabinete. O tucano disse que não vê nenhum problema na ida de um auxiliar para o governo.
“Isso não gera nenhum problema para mim, ele tem participação no partido e optou por participar do governo. Cada um é livre para tomar a decisão que quer tomar. Estou tranquilo, isso não gera nenhum tipo de constrangimento”, afirmou.
O parlamentar disse que João Freire era um quadro técnico, já que no gabinete o jornalista atuava na área de fotografia e produção e edição de vídeos. O deputado contou que sua relação com o ex-secretário parlamentar teve início na eleição de 2012, quando Daniel Coelho foi candidato a prefeito do Recife e teve João como coordenador da campanha.
Segundo ele, o jornalista atuou na eleição com apoio do PSDB. “Como ele é da legenda, o partido apoiou e ele participou do processo. Ele entrou para vida partidária e se dispôs a colaborar com a eleição. Apesar de alegar que o ex-auxiliar não tem perfil político, Freire foi candidato a vereador em duas eleições (2004 e 2008). João Freire não atendeu às ligações da reportagem.
Sobre a possibilidade de continuar na liderança da oposição, Daniel afirmou que ainda não há posição fechada. Na semana passada, ele declarou que poderá desistir de continuar à frente da bancada oposicionista, mesmo tendo o apoio do PTB, do DEM e de alguns petistas. “Provavelmente devo sair, estou esperando as coisas se acertarem.
Dentro do PSDB também tem a vice-liderança”, comentou. O tucano afirmou que decidirá se vai permanecer ou não como líder da oposição até o final do mês. Até lá, ele deverá conversar com o presidente estadual do PSDB, o deputado Sérgio Guerra, responsável pela entrada do partido no governo.
Para Daniel Coelho, a saída da liderança da oposição não deverá influenciar na posição que o parlamentar vai assumir em relação ao governo. Segundo ele, a postura será a mesma que tomou nos três anos em que fez oposição ao governo Eduardo Campos (PSB).
