Nesta segunda-feira (16), a memória física deixada pelo ex-governador Miguel Arraes será deferida para tombamento: são 270 mil itens formados a partir da década de 30, quando Arraes entrou no serviço público e passou a arquivar livros, documentos e correspondências relacionadas à sua atividade. O deferimento do tombamento será assinado pelo secretário de Cultura, Marcelo Canuto, às 8h, no Instituto Miguel Arraes. A viúva de Arraes, Madalena Arraes, e o governador Eduardo Campos, estarão presentes à cerimônia.
O acervo é composto por correspondências, livros, jornais, revistas, manuscritos, fotografias, filmes, DVDs, CDs, estudos sobre os mais variados assuntos, teses, monografias, entre outros documentos que registram a trajetória política de Miguel Arraes, dentro de um contexto regional e nacional. Uma boa parte deste material é inédita, jamais vista por historiadores e pesquisadores.
O documento que pede a abertura do processo de tombamento foi enviado pelo Instituto Miguel Arraes, que é detentor do acervo e pede pelo seu tombamento. Todo o acervo encontra-se devidamente guardado e catalogado. Entre eles, há 86 mil cartas que foram produzidas durante o exílio de Arraes e que contêm análises da situação política do Brasil.