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OPOSIÇÃO ACUSA AÇÃO ‘ELEITOREIRA’ DE EDUARDO CAMPOS

 
Líder do governo na Alepe, Waldemar Borges saiu em defesa de Eduardo

Depois de sucessivas sessões de 20 minutos ou esvaziadas de debates políticos, a Assembleia Legislativa de Pernambuco viveu, nessa terça-feira, um raro momento em 2013, lembrando tempos de grande confrontos entre contrários. A pequena oposição – quatro de 49 deputados – disparou contra o anúncio do governador Eduardo Campos (PSB), no Programa do Jô, de que vai reduzir o número de secretarias de Estado, tachando o gesto em rede de TV nacional de “eleitoreiro e oportunista”.
O ataque gerou a reação da base do governo em defesa do socialista, à frente o presidente da Casa, Guilherme Uchoa (PDT), que reeditou episódios anteriores quando abriu mão do poder moderador para assumir o papel de governista.
Apesar de Eduardo, na entrevista a a Jô Soares, ter escolhido como alvo a gestão Dilma (PT) e o excesso de 39 ministérios, o PT – principal atingido – e o aliado nacional PTB, que entregaram os cargos no Estado há 30 dias, após o PSB sair do governo federal, mantiveram-se em silêncio.
Nenhum deputado dos dois partidos saiu em contestação ao governador, ficando o confronto de 2 horas centrado entre PSDB e PSB. “Como pode criticar o governo federal quando aumentou tantas secretárias quanto ministérios de Dilma? Quem não conhece Pernambuco pode até acreditar, mas quando é confrontado por quem conhece, como o Jô, tem de dar uma versão que não é real”, atirou a tucana Terezinha Nunes.
A deputada referiu-se à explicação do governador de que as secretarias criadas são técnicas. A sessão chegou a atingir o quórum de 38 deputados, segurados no plenário pela troca de acusações, um dia após a reunião ter durado 20 minutos e nenhum debate.
“As secretarias foram criadas e ocupadas por indicação técnica. A da Mulher, a da Juventude, eu mesmo fui para a Articulação Social (1ª gestão) sem indicação partidária. Eduardo pode anunciar agora a redução. Acabou o mandato dele? Não, vai até o último dia. O compromisso é com o Estado novo”, rebateu o líder do governo, Waldemar Borges (PSB).
Na tréplica , o líder da oposição responsabilizou o PSB pelo confronto: “Quem faz discurso contra a quantidade de ministérios e indicação partidária é o PSB, diferente do que faz aqui. O PSDB não tem nada contra a indicação política”, bateu Daniel Coelho.

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