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ESPAÇO DO INTERNAUTA

Desabafo sobre atendimento dado ao meu filho.

Caro Júnior Finfa

Na última quinta-feira, 12 de setembro, meu filho amanheceu febril e começou a ficar molinho; já eu achei que não iria ser nada e lhe dei uma dose de Novalgina, como de costume, quando ele começa a ter febre. Esperei todo o resto do dia pra ver se ele evoluía e a febre cedia, mas isso não aconteceu.

Às 20h resolvi levá-lo à Casa de Saúde, porque lá um Pediatra estava de plantão. Cheguei, fiz a ficha, e logo fui atendida pelo Dr. Ribamar. Ele examinou meu filho (garganta, ouvidos, barriga) e não constatou qualquer anormalidade. Me fez algumas perguntas, e por conta da febre que nesse momento era de 39º achou melhor deixar meu filho internado para fazer exames. E assim foi…

Ele foi internado e medicado com antibiótico Cefalotina (de 6 em 6h), e Dipirona, para febre. Durante a noite ele evoluía bem e eu até me animei achando que no outro dia teria alta.

Na manhã do dia 13 às 6h, o Dr. Ribamar passou fazendo a visita e me disse que o Pedro ficaria ali até que fossem realizados os exames e saíssem os resultados. Caso não houvesse alteração, o Dr. Edson passaria, olharia e lhe daria alta.

Pouco tempo depois o Dr. Edson esteve no quarto e lhe repassei a informação do Dr. Ribamar… Ele disse que assim que saíssem os exames ele passaria lá para avaliar a criança. Mais ou menos às 10 da manhã foi colhido material do meu filho para um hemograma e um sumário de urina. Às 11h30 informei à técnica de enfermagem que meu filho estava com os lábios muito ressecados, com aparência de desidratado e com febre de 38,5º… foi novamente feito uma dipirona, e ele continuou no soro e no antibiótico.

Às 15h sairam os resultados dos exames do meu filho. Às 16h20 novamente estava meu filho – que mesmo tomando antibiótico há quase 20h -, novamente com 38,2º de febre. Fiquei angustiada ao ver meu filho sem se alimentar – nem sequer de água -, abatido, com aparência de desidratado, ali tomando todas aquelas medicações e sem resultado. Continuei a aguardar o médico que iria passar pra ver meu filho como combinado e me dar os resultados dos exames.

Passaram-se as 18, 19, 20h e nada de um médico aparecer; foi quando vi um médico amigo que ia passando para avaliar um paciente seu e lhe pedi que desse uma olhadinha nos exames do meu filho. Ele prontamente assim procedeu e me informou que não tinha dado nada, que poderia ser uma virose. Nisso lhe questionei as já passadas 24h ali e nada de resultados… Ele me pediu que aguardasse o médico que viria evoluir pra ver qual a posição do mesmo, porque ele não poderia prescrever nenhuma medicação… (certíssimo ele, já que meu filho não era seu paciente.

Novamente estou eu ali, angustiada, esperando o médico vir evoluir meu filho e cadê?! NADA DE MÉDICO! Às 2h da madrugada acordei com meu filho gritando, com febre de 39º, chamei novamente a técnica em enfermagem que mais uma vez lhe fez outra dipirona… essa já a 4ª em 30h de internação, afora o antibiótico que estava sendo feito de 6 em 6 horas sem nenhum resultado já que a febre não cedia.
Demorou um bom tempo pra que ele voltasse a dormir.

No sábado 14, e lá vou eu de novo no Postinho das técnicas em enfermagem avisá-las de que novamente estava o meu filho com 39º de febre. Novamente o que foi feito? “Dipirona!” Coitado, já estava com trauma de tanta injeção. Nesse momento questionei à Técnica sobre a visita do medico e ela “não me respondeu”.

Algum tempo depois me aparece o Dr. Roberto na porta do quarto do meu filho… até me animei porque enfim ia ter uma resposta do que estaria acontecendo com o garoto já que até então ninguém havia me informado nada. A animação foi embora muito rápida e, sabe por que? Dr. Roberto simplesmente chegou na porta sem sequer examinar o meu filho pra ver se sua garganta estava inflamada e o porquê de sua barriga estar inchada já que ele não estava se alimentando.

O doutor me fez uma única pergunta da porta: -Como ele está? Lhe respondi que estava do mesmo jeito, com febre, porém não sabia de onde estava vindo esse problema já que meu filho não estava sequer resfriado, nem tendo diarreia, muito menos vômito. Ele simplesmente se virou e me disse ele iria continuar internado já que ainda tem febre.
Pouco tempo depois chega a menina do Laboratório Maria do Carmo para colher sangue e realizar um Hemograma do meu filho. Mas, peraí, Hemograma de novo? E eu nem sequer fui informada? Tudo bem, foi colhido mais sangue. Dei um banho na criança que ainda estava muito febril e tentei fazer ele comer novamente, sem sucesso, já que ele só havia tomado uns 3 dedos de mingau…

Às 10 da manhã, quando eu consigo fazê-lo dormir, sinto algo quente, escorrendo em mim… fui olhar a fralda do meu filho e tinha sangue! Isso mesmo, SANGUE! Nesse momento me desesperei mais do que já estava e fui mostrar à técnica… ela me perguntou o que ele tinha comido e eu lhe respondi que “nada”, só tinha tomado “um pingo” de leite, e ela respondeu que tinha sido dele. Respondi que não, pois ele toma todos os dias e não acontece nada.

Ela foi avisar ao Dr. Roberto que disse que viria olhar quando o resultado do exame chegasse. Correndo, deixei meu filho com uma moça que estava no quarto da frente e fui pegar o resultado do novo hemograma que novamente deu NEGATIVO!

Comecei a chorar e ficar cada minuto mais preocupada sem saber o que estava acontecendo com meu filho. A técnica novamente chamou o Dr. Roberto que novamente foi no meu quarto e nem sequer triscou no meu filho: simplesmente olhou a fralda da criança e saiu dizendo que iria passar um remédio e que eu aguardasse… Aguardar o quê, me pergunto?! Meu filho piorar?!

Vem a Técnica e lhe pergunto o que era a medicação e ela me respondeu que era Florax… Mas, se meu filho não está com diarreia porque dar Florax? E se é infecção intestinal o correto não é deixar ele colocar tudo pra fora?! Ele tomou o medicamento e continuou molinho, sem querer se alimentar nem tomar água. Deu umas voltinhas pelos corredores e voltou a se deitar, conseguindo assim dormir um pouco…

Ao acordar às 18h novamente meço a temperatura, e quanto está? 38,5°… A Técnica dessa vez não fez a dipirona e sim deu uma dose de Tylenol para meu filho, e lhe questionei: Mas, se o Dipirona endovenosa (na veia) não está fazendo efeito, imagine se uma dose de Tylenol via oral vai fazer!

Ela então me pediu que tirasse a camiseta do meu filho e fizesse um envoltório (compressa). Dei o remédio e fiz a compressa. Aguardei para ver se a febre baixava, e nada… foi quando simplesmente informei a ela que tirasse o soro do meu filho que eu o levaria pra casa já que lá não estava resolvendo nada, e que ele começava a apresentar sinais de cansaço (falta de ar) e que Dipirona eu tinha em casa. Foi quando ela me pediu que aguardasse que ela iria chamar o médico pra dar uma olhada nela. Poucos minutos depois ela volta e me disse que o médico simplesmente não tinha sido encontrado.

Fui à recepção, pedi um termo para assinar que iria sair com meu filho… o rapaz da recepção assim o fez, assinei e fui pegar meu filho. Fui ao Postinho e pedi os exames para que pudesse mostrar a outro médico e ela me respondeu que só poderia me ceder as xerox.

Fui novamente à recepção e pedi que o rapaz me entregasse cópias dos exames e das medicações para que eu pudesse mostrar a o outro medico o que meu filho já estava tomando, e sabe o que ele me respondeu?! “Que NAO PODIA!” Que só forneceria dos exames porque foram feitos particular (pagos)… Mas, peraí, a consulta também não foi? Pra que a gente paga plano caro?

Comecei a me estressar e lhe disse que não iria ficar naquela Casa de Saúde onde não estava obtendo resultados e que nem sequer tinha “um médico” que pudesse dar a devida atenção ao meu filho, e que na segunda-feira procuraria meus direitos porque eu dei entrada com meu filho somente com febre e estava saindo de lá com ele além da mesma febre, cansado e que tinha feito cocô por duas vezes com sangue…
O rececionista entrou lá na sala, tirou xerox dos exames e da primeira folha de medicação que meu filho tinha tomado, no caso, no ato da internação e da evolução do Dr. Ribamar.

Na parte em que o Dr. Roberto prescreveu e evoluiu ele não me deu. Às 20h (48h após a internação do meu filho) estava eu indo pra casa com meu filho, febril, com diarreia e cansado.

Cheguei em casa, e felizmente o meu filho está até mais animadinho, já tomou uma mamadeira de Gagau, mas infelizmente a febre continua, o cansaço inclusive. Fez nebulização e uso de sua bombinha, e cocô por duas vezes. Graças a Deus sem sangue, porem escura.

Estou rezando aqui para que ele não tenha nenhuma piora mais grave e que eu consiga levá-lo para sua pediatra, Dra. Vânia na cidade de Serra Talhada, porque, felizmente, graças a Deus, todas as vezes que precisei dela com meu filho, ela sempre nós deu “a devida atenção e cuidados ao meu filho”.

É triste, muito triste, saber que a gente tem que sair da sua cidade natal a procura de uma boa assistência médica. Ninguém vai em busca de assistência médica simplesmente porque quer! Eu mesma faço de tudo e só levo quando já não consigo resolver em casa…

Sem dúvida, esses têm sido os piores dias da minha vida. Espero que outras pessoas não precisem passar pelo que passei, e que não venha a acontecer o pior por conta de profissionais que não dão valor ao seu paciente!

Apesar de tudo, não poderia deixar de AGRADECER ao Dr. Ribamar pela atenção dada ao meu filhote no tempo em que ele o acompanhou, às técnicas de enfermagem que fizeram o que podiam dentro das suas limitações…

Deixo aqui o meu repudio aos que podiam fazer algo – simplesmente cumprindo o seu dever – e, por motivos que não sei, não o fizeram. Infelizmente você paga um plano de saúde caro, esperando ter um atendimento digno e atencioso, mas não é o que aconteceu comigo e o meu filho.

Antes tivesse levado meu filho ao Hospital Regional Emília Câmara… garanto que lá teria pelo menos saído com uma resposta do que meu filho tem, já que da Casa de Saúde saí sem essa informação.

Esse foi apenas o DESABAFO de uma mãe que ama seu filho e que não vai se omitir em cobrar os seus direitos.

Informo que estou munida de provas de tudo que o estou dizendo (fotos, exames, prontuário incompleto, pacientes).”

(O desabafo acima foi-me enviado pela senhora Deysianne Dayanne, mãe do pequeno Pedro, de 2 anos)


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