Home » Sem categoria » ESPAÇO DA POESIA

ESPAÇO DA POESIA

Essa imensa mansão com cadeados,
Circulada de espelhos transparentes,
É o presídio de escravos explorados,
Por patrões, miseráveis, prepotentes.

É sempre ali, que os seres vigiados,
Por capangas nervosos, imprudentes,
São apenas cativos disfarçados,
De libertos, heróis independentes.

Réus sem crimes de tudo que se ocultam,
Entre muros de pedras onde sepultam,
O esquálido cadáver dos seus dias.

E cada qual ao morrer não deixa nada,
A não ser a viúva endividada,
E um filhinho menor de mãos vazias.

(Diniz Vitorino).


Inscrever-se
Notificar de

0 Comentários
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários