O vice-assessor de segurança para comunicações estratégicas da Casa Branca, Ben Rhodes, disse nesta quinta-feira (5) que o governo dos Estados Unidos vai “trabalhar” com o governo brasileiro para ter um “melhor entendimento” em relação às denúncias de que a presidente Dilma Rousseff foi espionada pela principal agência americana de inteligência.
Rhodes afirmou que o presidente Barack Obama deve encontrar Dilma às margens da reunião de cúpula do G20, em São Petersburgo, na Rússia, para discutir essas questões.
Ele também disse que a Casa Branca vai continuar lidando com este problema através de outros “canais diplomáticos e de inteligência” com o Brasil.
Segundo o assessor, a Casa Branca considera a relação entre EUA e Brasil muito importante, não apenas para as Américas, mas também em nível mundial.
Questionado sobre o pedido de desculpas feito pelo Itamaraty ao governo americano após o vazamento dos documentos, Rhodes afirmou que o foco é certificar que o Brasil “entenda exatamente” a natureza dos esforços americanos de inteligência.
“Então, esperamos dar passos para lidar com essas questões em uma base bilateral”, disse a jornalistas.
No início da tarde desta quinta, em Brasília, o vice-presidente da República, Michel Temer, disse que o encontro entre Dilma e Obama na Rússia “é possível”.
Questionado pela imprensa se Dilma e Obama conversarão sobre espionagem em São Petersburgo, Temer disse não ter a confirmação, mas que há “gestões nesse sentido”. “É possível que venha a acontecer. Eles estão juntos lá no G20. Formal ou informalmente eu creio que conversarão”, afirmou.