Em Pernambuco há vários exemplos de “criaturas” políticas que se rebelaram contra os “criadores” e de prefeitos eleitos em 2012 que já romperam politicamente com os seus antecessores. O de Cabrobó, Auricélio Torres, está nessa lista. Elegeu-se com apoio do antecessor, Eudes Caldas, que havia sido seu adversário em 2008, mas depois tomaram rumos diferentes. Cada qual terá sua própria chapa de deputados nas eleições do próximo ano.
Outro exemplo é o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, José Ivaldo Gomes, o “Vado da Farmácia”. Ele foi eleito em 2012 com o apoio do então prefeito, Lula Cabral, mas hoje estão rompidos. Nenhum dos dois, entretanto, assume publicamente o rompimento. O atual prefeito tirou de sua equipe todos os secretários municipais “herdados” da gestão anterior e não vai apoiar Lula Cabral para a Câmara Federal, como se supunha, e sim Eduardo da Fonte.
Até aí, tudo bem. Está dentro da taxa de rebeliões que sempre ocorreu em Pernambuco depois de eleições municipais. O que é surpreendente é a posição política do deputado estadual Everaldo Cabral, irmão de Lula. Quando houve a briga deste com “Vado”, o deputado não ficou ao lado do irmão e sim do atual prefeito, que se rebelou contra o seu padrinho político.
Por: Inaldo Sampaio
