Duas pessoas foram presas em flagrante na manhã desta terça-feira (30) na Operação Leite Seguro, deflagrada pela Delegacia do Consumidor, acusadas de comercializar leites específicos para consumo infantil com data de validade adulterada. Outras três se apresentaram espontaneamente à polícia e responderão às investigações em liberdade. O NE10 relatou em matéria nesta manhã que cinco pessoas teriam sido presas na operação. Os cinco envolvidos são donos de farmácias no Grande Recife e em Limoeiro, no Agreste do Estado.
As investigações começaram há quatro meses a partir de denúncias de algumas mães que constataram a irregularidade e deram queixa na delegacia. Cerca de 50 estabelecimentos foram vistoriados nos bairros do Janga, em Paulista; Boa Viagem, na Zona Sul do Recife; Jardim Atlântico, em Olinda; Piedade, em Jaboatão dos Guararapes; e no centro de Limoeiro, Agreste de Pernambuco. A operação desta terça fiscalizou nove farmácias e cinco pontos – dois no Janga, dois em Limoeiro e um em Maranguape – foram flagrados com venda dos produtos adulterados.
Os leites Nan e Nestogeno, ambos da Nestlé, eram comercializados em farmácias, que compravam os produtos com preços abaixo do mercado. “Eles vão responder. Quem compra um produto muito mais barato tem que desconfiar”, disse o comissário da delegacia, Eduardo Jardim.
Apesar de terem que responder pelo crime contra a saúde pública, – com venda de produto impróprio para o consumo e agravante pela adulteração – que prevê pena de até cinco anos de reclusão, Jardim afirma que os donos da farmácia não são os responsáveis pela adulteração. A Polícia Civil está investigando a quadrilha responsável pela alteração das datas de validade dos leites vencidos e tem fortes indícios das identidades dos seus membros.
As latas de leite foram encaminhadas ao Instituto de Criminalística (IC), que deve confirmar a adulteração já verificada por representantes da marca. Os presos em flagrante foram encaminhados ao Centro de Observação e Triagem (Cotel). A identidade dos suspeitos e os nomes das farmácias não foram divulgadas pela Polícia Civil.(NE10)