Quando o Presidente da CNM, Paulo Zilkowski, anunciou, agora pela manhã, que a Presidente Dilma Roussef não compareceria à abertura da XVl Marcha Nacional dos Prefeitos, uma estrondosa vaia ecoou pelo auditório do Royal Tulip Hotel, local do encontro. Após alguns segundos de vaia, Zilkowski pediu aos Prefeitos paciência e respeito à autoridade representada pela Presidenta. “Vivemos momentos difíceis. Os municípios são barris de pólvora. O que menos precisamos agora é de um incêndio. Temos que construir com a Presidenta, alternativas para a crise, sem esconder nossas divergências, mas com respeito institucional”, afirmou o Presidente da Confederação Nacional dos Municípios, emendando o anúncio de que a Presidenta estará amanhã (10), às 11horas, com os Prefeitos.
Mais cedo, a CNM e o Sebrae lançaram o Prêmio Prefeito Empreendedor, com o objetivo de divulgar e estimular as boas práticas de gestão municipal no campo do empreendedorismo. As primeiras premiações devem ocorrer o ano que vem. Antes da abertura oficial, usaram da palavra o Prefeito de Porto Alegre, José Fortunati e o Senador Cassildo Maldaner (PR), que deverá ser o relator da Subcomissão do Senado para assuntos municipais, que será criada hoje à tarde, em solenidade no Senado, com a presença dos Prefeitos, às 15h30.
Os Ministros Aloísio Mercadante (Educação) e Alexandre Padilha (Saúde), participam, dentro de instantes, de um painel sobre temas relacionados às respectivas pastas. Segundo José Patriota, Prefeito de Afogados da Ingazeira e Presidente da AMUPE, a entidade está articulando uma reunião com os Senadores e Deputados Federais de Pernambuco para discutir com os Prefeitos do Estado, as reivindicações do movimento. O encontro acontece às 17 horas, no plenário 9 da Câmara dos Deputados. Todos os Estados farão o mesmo com suas respectivas bancadas.
Às 15 horas, está prevista a ida dos mais de três mil Prefeitos à Câmara Federal. A reunião será no salão verde. Uma das questões que tem incomodado as lideranças municipalistas é a tramitação de um Projeto de Lei que repassa para os municípios a obrigatoriedade de contratação de 63 mil médicos em todo o país. “Essa tem que ser uma atribuição de Estados e União. Se ficar do jeito que está, iremos à bancarrota,” desabafou um dos Prefeitos presentes à abertura.