Primeiro, a onda de protestos em todo o Brasil deixou um ambiente de perplexidade no Palácio do Planalto. Logo depois, veio um imobilismo, acompanhado de um longo silêncio que só foi interrompido depois do pronunciamento feito pela presidente Dilma Rousseff.
No PT, cresce a pressão para substituir Dilma por Lula na disputa do próximo ano. Os primeiros levantamentos que já chegaram ao Palácio do Planalto mostram uma erosão significativa na aprovação de Dilma.
A constatação interna é que o governo demorou muito a reagir aos primeiros protestos em São Paulo, sem diagnosticar que o movimento iria atingir diretamente a presidente. Agora, a estratégia será dividir a reação institucional com governadores e prefeitos, em reunião agendada para esta segunda-feira. Dilma deve tratar de temas como a desoneração do transporte públicos e medidas para o setor da saúde.
O governo avalia que essa semana será decisiva para saber as sequelas políticas das manifestações pelo país. Já existe uma certeza: esse movimento deixará estragos na popularidade do governo. E uma dúvida: se é possível reverter parte dessa erosão política a tempo de deixar a candidatura de Dilma competitiva para a eleição do ano que vem. (Blog do Camarotti)