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EDUARDO CAMPOS NÃO ACREDITA EM ESPIONAGEM DA ABIN EM SUAPE

O governador Eduardo Campos (PSB) declarou que não acredita que o governo federal tenha espionado, através da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), seu possível envolvimento com o movimento sindical no Porto de Suape, Litoral Sul do estado. “Espiões da Abin também fazem serviços particulares.

O governo pode não ter nenhuma ingerência sobre isso, disse o socialista. A revista Veja desta semana publicou uma matéria exclusiva noticiando a prisão de quatro agentes do serviço de inteligência da Presidência da República no dia 11 de abril pela Polícia Militar de Pernambuco (PM-PE).

Os agentes presos estariam espionando o movimento de trabalhadores no Complexo Portuário de Suape. Na época, circulava a informação que as entidades planejavam uma greve geral por conta da Medida Provisória 595, também conhecida como MP dos Portos. A nova legislação, que recentemente foi sancionada com vetos pela presidente Dilma Rousseff (PT), tirava parte da autonomia de terminais em todo o país, inclusive, o de Suape. A espionagem da Abin foi noticiada, com exclusividade, pelo jornal O Estado de S. Paulo. A publicação apresentou, ainda no mês de abril, um documento intitulado Ordem de Missão 022/82105.

“Não li ainda a matéria, mas pelo que eu soube o fato é novo e que os quatro espiões foram identificados e a revista traz o nome deles”, disse o governador. O socialista preferiu adotar a cautela ao falar da nova polêmica. Para ele, os agentes da Abin podem até ter sido contratados por uma empresa particular, com negócios e interesses em Suape. “Espiões da Abin também fazem serviços particulares. O governo pode não ter nenhuma ingerência sobre isso”, completou.

O governador de Pernambuco ainda argumentou que o único fato que existe é que quatro agentes da Abin entraram em território pernambucano sem autorização num trabalho secreto, sem que isto possa ter qualquer conotação política. “Não acredito, sinceramente, que eles tenham vindo espionar a minha vida”, completou. “Minha vida é pública, todos meus atos são públicos, minha agenda é do conhecimento público todos os dias. O que faço é aberto, transparente. Presto contas a sociedade da minha vida pública”. Eduardo Campos também declarou que pretende se “informar melhor” sobre o assunto, mas que está absolutamente tranquilo de que o governo federal esteja patrocinando qualquer tipo de investigação sobre sua gestão.


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