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OPINIÃO DO PERNINHA

Quem viver verá.
Faltando um ano e meio para as eleições presidenciais, temos quase como certas, além da candidatura pela reeleição, de Dilma Rousseff, a do Senador Mineiro Aécio Neves (PSDB) e a do Governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB). No caso de Eduardo, se especula muito a respeito de uma possível jogada para testar a sua popularidade a nível nacional; vivendo um bom momento na vitrine política, é natural que o socialista pense em voos mais altos.
A imprensa tem nos mostrado nos últimos dias que o governador pensa e age como candidato a presidente da República. Isto é público, notório e legítimo, conforme matéria recente do Jornal do Commércio. O repórter fez questão de frisar: “qualquer líder político tem o direito de sonhar alto, ampliar seu espaço de poder e se apresentar como o novo. Ainda mais num país onde a oposição formada pelo DEM, PSDB e PPS, em dez anos de governo Lula-Dilma, sequer conseguiu encontrar um discurso”.
Como o nosso governador é um afilhado político do ex-presidente Lula e o partido, como se sabe, trouxe várias conquistas para o estado, as quais foram ampliadas com a presidente Dilma, o que se espera, agora, é ver como será o embate entre o candidato e o PT, briga que promete lances pesados e imprevisíveis. Os petistas acusam abertamente o governador de ingrato e traidor, usando adjetivos mais amenos do que os que são ouvidos nos corredores do partido.
Por mais que o PSB queira negar, o possível candidato Eduardo Campos não perde oportunidade de dar alfinetadas na presidente Dilma. Isso tem ocorrido com certa frequência, a exemplo do programa do PSB veiculado na televisão, com inserções de críticas sobre a economia, gestão pública, conjuntura política e outras questões governamentais. Foi assim também em sua passagem por Caruaru no final de abril, numa maratona de 3dias, quando o socialista mandou um recado direto: “Quem viver verá”, disse confiante, ao ser perguntado por repórteres sobre o que ele pode fazer mais pelo Brasil.
Particularmente, não acho que Eduardo seja candidato. Acho, sim, que ele está dando o mote para ver a reação do povo brasileiro. Neto de uma raposa política muito conhecida em nosso meio, o governador deve ter herdado a inteligência e a astúcia do avô Miguel Arraes (in-memorian), que o colocou na vida pública onde permanece até os dias atuais e parece não ter pretensões de abandonar tão cedo.
O cerne da questão é esse slogan de campanha antecipada “o fazer cada vez mais”, usado em suas críticas ao governo federal. É claro que sempre se pode fazer mais, se assim não pensarmos, nos acomodamos, parando no tempo e no espaço. O pecado que Eduardo não pode cometer é esquecer que foi eleito governador de Pernambuco – em um segundo mandato- até o final de 2014 e, em nosso estado, muito precisa ser feito. Daí uma boa oportunidade de mostrar sua coerência entre discurso e prática.
Desnecessário se faz elencar as prioridades, mas, deixando de lado os investimentos em propaganda e marketing eleitoral, o estado precisa urgentemente cuidar das nossas estradas, escolas, segurança e, como sempre, da nossa saúde que anda desenganada. Para isto basta ouvir a população e os meios de comunicação que não estão alienados à máquina.
Ser presidente da República deve ser o sonho de muitos políticos brasileiros, porém, antes de pensarmos em administrar um país continental e com o acúmulo de problemas que tem o nosso, urge que façamos o nosso “dever de casa”. Lembrem-se de que a mídia nos ajuda por algum tempo, mas, quando o engodo é descoberto, o tiro pode sair pela culatra. Ao passo que as obras estruturadoras que atendam os anseios da população, com certeza, trarão um retorno bem maior chegando, em algumas situações, a imortalizar o seu responsável.
Quem viver verá!
Por: Danizete Siqueira de Lima.

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