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ESPAÇO DA POESIA

CARNAVAL DE POETA,

Meus carnavais nunca tiveram frevo,
Nem foram alegres como o dessa gente,
Que pula e grita fervorosamente,
E que chorando a lhes ouvir me atrevo.

O enorme lenho que nos ombros levo,
Que me maltrata pesarosamente,
É um castigo que constantemente,
Estou pagando sem saber se devo.

No meu quarto solitário vago,
O meu coração partido trago,
Palpitando ao compasso dos tambores.

Quando eu partir pra o derradeiro abrigo,
Uma saudade eu levarei comigo,
Dos carnavais que só me deram dores.

Por: Paulo Cardoso.


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