A ação ríspida de uma professora de língua portuguesa tem gerado revolta entre alunos da Universidade Federal da Paraíba (UFB), além de muita repercussão nas redes sociais. O caso foi registrado através de um vídeo, onde a professora Maria Lúcia de Oliveira aparece gritando dentro da sala de aula com uma estudante do primeiro período de Jornalismo.
“Ela estava muito descontrolada, gritava sem parar”, contou a estudante Tiwana Cavarjal, que é representante da turma e resolveu filmar o incidente com o próprio telefone celular. O pivô da confusão teria sido o fato da garota ser flagrada pela professora, enquanto lia um livro de assunto alheio a disciplina.
Segundo a estudante, um grupo de alunos se reuniu e procurou a direção da instituição para denunciar o caso, que também motivou o descontentamento de pais e responsáveis. Nesta terça-feira (12), a UFPB comunicou o início de um processo investigativo e o afastamento da professora até que o caso seja apurado.
De acordo com a professora Mônica Nóbrega, diretora do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da universidade, o afastamento não se configura como punição, já que ainda não foi possível identificar o que realmente aconteceu. “A professora Lúcia também pediu licença para tratamento de saúde e deve ficar fora de suas atividades por cerca de 30 dias, podendo o prazo ser prorrogado por igual período. O fato é atípico e não está dentro dos parâmetros adotados na nossa instituição. Estamos atentos, sempre buscando o bem estar do nosso corpo de alunos e professores”, afirmou.
A estudante que aparece nas filmagens é a jovem Bruna Ortolan, que deixou o Paraná e se mudou para João Pessoa no fim do ano passado para estudar. O vídeo, onde a professora aparece falando que é doutora, e que a aluna não tem competência, gerou grande desconforto e a aluna já prefere não comentar o caso.
“Não há condições de continuarmos com esta professora e queremos seu afastamento em definitivo. Não foi a primeira vez que este fato aconteceu, a diferença apenas foi que agora a situação se tornou pública”, desabafou Tiwana.