O governador Eduardo Campos criticou, ontem, a antecipação eleitoral de PT e PSDB. “O País não precisa dessa velha rinha, não precisa discutir o passado, discutir coisas que não dialogam com a pauta do povo. A população está preocupada com um Brasil que não cresceu como se esperava. Não é possível eleitoralizar a política brasileira assim”, disse o governador, que pode ser candidato na eleição presidencial.
“Ninguém tem a capacidade de dizer como vai ser 2014 nem de dizer que a polarização será assim ou assado. Não se enganem, porque há uma mudança efetiva ocorrendo na vida brasileira. Sinceramente, não vejo como ajudar o Brasil começando uma campanha eleitoral agora”, completou o socialista, em rápida entrevista em Gravatá.
Campos também comentou a Medida Provisória nº 595, conhecida como MP dos Portos. Disse que vai lutar para que ela seja modificada. O socialista afirmou ser contrário a alguns pontos, como a retirada de autonomia dos portos no processo licitatório. “Se o Governo diz que não pode fazer o debate, eu iria debater no Congresso (Nacional); se o Congresso dissesse que não pode fazer o debate, eu iria debater aonde? No Judiciário. Mas vou debater e defender os interesses de Pernambuco”, frisou.
Apesar disso, o governador admitiu que é necessário que haja um comando geral para a administração dos complexos portuário. “É fundamental que haja coordenação nacional. Ninguém vai pensar o Brasil, que os estados unidos façam uma logística sem que tenha uma visão geral. Senão cada um faz do jeito que quer. É uma estupidez imaginar que não tenha um planejamento a nível nacional. Hoje, se você quiser fazer terminal de líquido, ou de grãos, você tem que fazer estudo de viabilidade técnica e econômica e manda para Antaq. Ela monta estudo e outro porto pode dizer que não pode colocar, senão inviabiliza o outro. O edital tem que ir pra lá. Depois que a Antaq aprova tem que ir para o Tribunal de Contas e tem 30 dias para dar o carimbo. E hoje já é assim”, explicou.