Não há quem saiba dizer hoje, com segurança, como está o relacionamento político e pessoal do governador Eduardo Campos com a presidente Dilma Rousseff. Num dia está às mil maravilhas, como ocorreu em 5 de janeiro deste ano quando ela o convidou para almoçar em sua companhia na Base Naval de Aratu, no litoral baiano, noutro está à beira da explosão pelo fato de a mídia nacional, diariamente, noticiar que o governador de Pernambuco também é candidato ao Palácio do Planalto.
O governador tem insistido em não antecipar para 2013 o debate eleitoral que será travado em 2014, mas não consegue. Por mais que ele diga ser “antipatriótico” deflagrar uma campanha presidencial com dois anos de antecedência, a mídia não lhe dá ouvidos. Muito pelo contrário, todos os dias abre generosos espaços para sua pretensa candidatura como fez ontem a “Folha de São Paulo” ao colocá-lo em igualdade de condições com Dilma Rousseff, Aécio Neves e Marina Silva.
Assim, a campanha presidencial já está nas ruas e não há mais quem a segure. E tudo que o governador fizer daqui para frente será interpretado como “gesto eleitoral”. Qualquer programa de governo ou obra que fizer, assim como os convites que aceitar para fazer palestras fora de Pernambuco, será encarado pela mídia como tentativa de “nacionalizar” sua imagem. E o danado é que ele próprio ainda não tomou a decisão de ser candidato. Isso só será resolvido, de fato, em 2014.
Por: Inaldo Sampaio