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EM DEPOIMENTO À PGR, VALÉRIO ENVOLVE LULA AO MENSALÃO, DIZ JORNAL

Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como operador do mensalão, Marcos Valério afirmou, em depoimento prestado em setembro para a Procuradoria-Geral da República, que Lula sabia de empréstimo do Banco Rural para o PT. Reportagem sobre o depoimento foi publicado nesta terça-feira (11) pelo jornal O Estado de São Paulo.

O Instituto Lula não se pronunciou. A Procuradoria da República não decidiu se vai abrir investigação sobre as denúncias de Marcos Valério, nem se aceitará a proposta de acordo para delação premiada, pretendida por ele. Os ministros do Supremo receberam as informações com cautela e alertaram que as declarações não mudam o julgamento do mensalão, já concluído.

De acordo com a reportagem, Valério procurou voluntariamente a Procuradoria-Geral após ser condenado pelo STF a 40 anos, 2 meses e 10 dias de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Em troca do novo depoimento e de mais informações sobre o esquema de desvio de dinheiro público para o PT, Valério queria obter proteção e redução de sua pena.

A oitiva aconteceu no dia 24 de setembro, em Brasília. Começou às 9h30 e terminou 3 horas e meia depois. As declarações estão em 13 páginas. O “Estado de São Paulo” afirma que teve acesso à íntegra do depoimento, assinado pelo advogado do empresário, o criminalista Marcelo Leonardo, pela subprocuradora da República Cláudia Sampaio e pela procuradora da República Raquel Branquinho.

No depoimento, segundo o jornal, Marcos Valério disse que esteve com o então presidente Lula no Palácio do Planalto, acompanhado do então ministro da Casa Civil, José Dirceu, sem precisar a data. Valério disse, de acordo com o jornal, que Lula deu “ok” aos empréstimos do Banco Rural para o PT. Valério afirmou também no depoimento, ainda segundo o “Estado de São Paulo”, que repassou R$ 100 mil para despesas pessoais de Lula, por meio da empresa Caso, de Freud Godoy, então assessor da Presidência da República.


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