MISÉRIA OU CONVENIÊNCIA?
Chocado com uma matéria que circulou nesse Blog, em 01/11/2012, com algumas fotos mostrando a situação de miséria absoluta em que se encontra uma família da nossa comunidade e, de sã consciência, sabendo que inúmeras outras famílias padecem dos mesmos males, solicito às pessoas generosas e de condições financeiras favoráveis que deem uma voltinha pelas periferias de Afogados, mais precisamente pelas mais afastadas como Nova Brasília, Pitombeira e adjacências, para sentirem de perto as condições sub-humanas em que vivem nossos irmãos e vizinhos.
É uma coisa inerente à quase todo ser humano, se trancar dentro do seu egoísmo e achar que tudo é responsabilidade dos nossos governantes mas, se os governos se omitem, a sociedade não pode deixar de fazer a sua parte. Nenhum pecado é tão grave quanto o da omissão e nada é mais gratificante do que fazer alguém feliz – se não por toda vida- mas, pelo menos, por alguns dias, algumas horas, não importa… Importa que façamos alguma coisa.
Como Vicentino autêntico, por admirar o trabalho que São Vicente desenvolveu na sua época em prol dos mais necessitados, estive por quase duas décadas à frente da Sociedade de São Vicente de Paulo aí de nossa cidade, juntamente com Averaldo Benjamim, Dr. Jesus, Ulisses Santana, D. Hozana, Isbela Cruz e outras pessoas que Deus chamou para si e, em nossas reuniões domingueiras, sentíamos as agruras dessas pessoas, principalmente quando fazíamos visitas domiciliares..
Lembro-me que certa vez chegamos a uma residência no Bairro da “Ponte”, por volta das 10.00h. da manhã e duas crianças com idade entre 3/4 anos, disputavam uma refeição à base de farinha de mandioca com açúcar e a mãe nos dizia que ara a primeira refeição deles naquele dia. Confesso que saímos de lá chocados e não tivemos como conter as lágrimas que escorriam pela nossa face.
Portanto, volto a insistir: Vamos içar essa bandeira e fazer como o “protetor dos pobres”, afinal essa nossa passagem terrena é transitória e nunca é demais olharmos para os outros como irmãos menos afortunados e que precisam do nosso apoio.
Para ilustração e apreciação dos nossos queridos leitores, resolvi fechar o meu comentário
com as décimas que seguem:
Os famintos que formam batalhões / Se aglomeram pelas periferias
Sem comida, dormida e mãos vazias / Sem emprego, trabalho ou diversões
Inquilinos frequentes dos lixões / Onde mosca e mosquitos tem sobrando
E os surtos de dengue lhes rondando / Prá fazerem uma vítima a qualquer hora
QUEM QUISER SE SALVAR COMECE AGORA / QUE O COMEÇO DO FIM ESTÁ CHEGANDO.
Um País dono de tanta riqueza / Que insiste em ter filhos divididos
Vejam como os bolos são repartidos / Sem sobrar quase nada prá pobreza
Os corruptos lideram a safadeza / Nada falta prá quem tá no comando
E a miséria há muito se alastrando / Sem sinal de ajuda ou de melhora
QUEM QUISER SE SALVAR COMECE AGORA / QUE O COMEÇO DO FIM ESTÁ CHEGANDO.
Quem quiser fazer uso de ações nobres / Caridade é a primeira que aconselho
E São Vicente de Paulo é o espelho / De apoio e servidão aos mais pobres
Quem for rico abra mão de alguns cobres / Distribua um pouquinho de vez em quando
E quer saber quem está necessitando / Basta dar uma volta aí por fora
QUEM QUISER SE SALVAR COMECE AGORA / QUE O COMEÇO DO FIM ESTÁ CHEGANDO.
Por Danizete Siqueira de Lima.