O presidente eleito da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Pernambuco, (OAB-PE), Pedro Henrique Reynaldo, garantiu que estará de olho nos gastos dos parlamentares do Estado. Para ele, o percentual que a Assembleia Legislativa recebe do Governo pode até ser considerado alto para o orçamento público do Estado, mas o problema maior é a forma da aplicação destas verbas. “A questão não é de gastar muito, é gastar mal e de forma errada, equivocada. O dinheiro não está cumprindo uma finalidade pública, pois boa parte dessa verba está cumprindo uma finalidade político-eleitoral. É uma rede de apoio político, sustentando líderes comunitários ou lideranças de colégios eleitorais, e isso é fácil constatar”, afirmou o magistrado, durante entrevista à Rádio Folha FM 96,7, ontem.
Pedro Henrique também criticou o número exagerado de cargos comissionados na Câmara do Recife e sugeriu uma reforma administrativa. “Me assombra uma Câmara Municipal com 100 cargos efetivos e milhares de cargos comissionados. Existe na casa legislativa muitos gabinetes pequenos e vários assessores”, ressaltou.
Eleito com 5.927 votos, contra 1911 do concorrente Emerson Leônidas, o futuro presidente da OAB-PE considerou que o número alto das abstenções (50%) por conta do clima do “já ganhou” da sua campanha. “Houve um consentimento pelo meu nome. Se todos que apoiassem meu nome estivessem presentes, a diferença de votos seria maior. Isso prova que a nossa candidatura foi bem planejada”, relatou Pedro Henrique.
Dentre as propostas que devem ser executadas no seu mandato, terão prioridade a qualidade dos cursos de Direito nas faculdades do Estado, a luta contra o abuso de poder que os advogados sofrem e o aumento de estacionamentos nos fóruns. “São várias propostas que iremos discutir em prol da classe e também da população”, assegurou.
