.jpg)
São mil novos poços artesianos e 36,5 mil cisternas. No enfrentamento da maior estiagem dos últimos 30 anos, a Operação Seca, criada pelo Governo do Estado, estabelece metas que visam ajudar as cerca de 1,2 milhão de pessoas atingidas pela estiagem em Pernambuco. E para juntar forças nesta luta, a Secretaria Estadual de Agricultura e Reforma Agrária e a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA). E a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reuniram-se anteontem a fim de discutir estratégias de rápido, médio e longo prazo para compor o Plano Estadual de Políticas de Convivência no Semiárido. No Estado, 122 municípios encontram-se em situação de emergência.
A produção de milho, feijão e leite, sem contar as cabeças de gado perdidas, está sendo afetada pela estiagem. “No início do mês, nos reunimos com os bispos em Serra Talhada, onde foi exposta a realidade da região. Queremos exatamente isso, dialogar com outras representações e sociedade civil organizada para desenvolver ações mais fortalecidas”, disse o secretário Estadual de Agricultura, Ranilson Ramos.
Na Operação Seca, está prevista a instalação de mil novos poços artesianos, a qual deve ter contrato assinado na próxima quarta-feira, com prazo de execução previsto para seis meses. No entanto, de acordo com o argumento de Neilda Pereira, coordenadora executiva do ASA, o ideal é a instalação de um total de dois mil novos poços e a ampliação de 1,5 mil para dois mil carros-pipa. “A seca sempre vai existir nas regiões semiáridas. Então, precisamos pensar em políticas permanentes que visem a vida dos agricultores familiares e que priorize a cultura de estoque”, disse.
Foi proposto, também, a construção de 50 mil cisternas de placas para acesso à água, implantação de três mil sistemas simplificadas de abastecimento e a distribuição de caixas d’água às famílias da região que não tiverem cisternas. “Vamos integrar as ações que já estão sendo realizadas pelo Governo com as novas propostas que irão compor o plano”, enfatizou o secretário Ranilson Ramos.
