Onde o governador vai acompanhar o anúncio de que Pernambuco sediará a Copa das Confederações?
Eduardo Campos – Acabamos de chegar a São Paulo e estamos acompanhados do ministro Aldo Rebelo para esse anúncio, essa solenidade. Estamos felizes por termos acreditado nessa possibilidade. No início desse processo, havia decisão de fazer a Copa das Confederações somente em quadro cidades e nós colocamos a possibilidade de ampliar esse número. Antecipamos o calendário. No nosso contrato, a construção da Arena era pra ser entregue em dezembro de 2013 e encurtamos esse prazo para fevereiro de 2013. Ou seja, antecipamos em 10 meses o prazo de entrega, acelerando também as obras do entorno, como a própria duplicação da BR-408, do viaduto de acesso, da ponte e uma série de ações. Isso possibilitou estarmos aqui chegando a esse momento e nos próximos minutos estaremos ouvindo o anúncio da decisão tomada pela FIFA e pelo Col.
Nós estamos aqui pra ouvir essa confirmação. Acompanhamos desde o início até o momento final, quando o anúncio deve ser feito pela direção da FIFA e do Col. Quero cumprimentar a todos que nos ajudaram, estimularam e acreditaram nesse processo. E é hora de agradecer também àqueles que não acreditaram, porque nos estimularam a trabalhar da forma como trabalhamos. Ou seja, o desafio está sendo concluído e quero agradecer a todos que contribuíram: ao Governo brasileiro, ao ministro Aldo Rebelo, à presidenta Dilma, ao presidente da CBF, José Maria Marin, a todos os operários e trabalhadores da obra, à equipe técnica da Secretaria da Copa, Ricardo Leitão. Estou muito feliz de ter acreditado nessa possibilidade e poder chegar hoje a minutos de um anúncio, que tenho certeza que vai merecer da nossa parte comemoração.
Embora a Arena esteja com 70% concluída, como estão as obras de mobilidade? As informações também são positivas?
Eduardo Campos– São todas positivas. Essas obras, inclusive, estão com o calendário mais adiantado que a própria construção do estádio que está muito bem. Estamos com o estádio com maior ritmo entre os demais do Brasil. Acredito, então, que seremos o terceiro – dos seis – a ficar pronto primeiro.
Sobre a reunião do Condel com a presidenta.
Eduardo Campos – Estive com a presidenta ontem. Recebi um convite para jantar com ela e jantei com Dilma no Palácio da Alvorada. Conversamos sobre muitos temas da conjuntura política para o futuro e a questão da seca foi presente na nossa conversa. Ela deve amanhã fazer anúncios importantes, mostrando a sua preocupação com o quadro da estiagem. Passei para ela a situação. Tenho ido a várias regiões. Hoje mesmo vou sair daqui de São Paulo e vou ter uma reunião com o pessoal da Secretaria de Agricultora no Agreste. Coloquei para ela, algumas situações como a forragem, da alimentação do gado, do colapso de alguns mananciais de água. Acho que a reunião de amanhã será proveitosa.
Sobre a greve com os prefeitos ameaçam fazer para cobrar ações.
Eduardo Campos – Na verdade, eu tenho colocado essa questão já faz alguns dias. Está havendo uma crise fiscal forte nos municípios e estados brasileiros. Ontem, os governadores tiveram uma reunião com o ministro da Fazenda. O tema era a questão de tributos e ICMS, mas virou exatamente um debate sobre essa questão. O fato é que todos os municípios da região da seca, seja do Agreste ou do Sertão, vivem basicamente dos repasses de FPE e FPM, e um pouco do ICMS, que até melhorou por iniciativa nossa, de distribuição mais justa. Mas o FPM caiu muito. Neste mês de outubro, houve uma queda de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. Aí você coloca uma estiagem como essa, que aumenta a despesa dos municípios e uma queda de 20% na receita, com certeza complica muito a situação dos municípios.