Sem alarde, o governador Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, jantou na noite desta quarta-feira (7) com a presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada, em Brasília. Foi o primeiro encontro de ambos após o período eleitoral e, à mesa, o assunto foi mesmo política.
O jantar foi realizado um dia depois de a presidente reunir a cúpula do PMDB, maior partido da base governista. Faz parte do movimento iniciado por Dilma Rousseff de conversar com as lideranças aliadas para aparar as “arestas eleitorais” e reforçar a aliança para os próximos anos. Dilma deu início a essas conversas depois de se reunir com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – também na terça-feira. Além de Dilma e Eduardo, estiveram presentes a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o presidente do PT, Rui Falcão e vice-presidente do PSB, Roberto Amaral.
“Conversamos sobre muitos temas da conjuntura política para o futuro e a questão da seca foi presente na nossa conversa”, afirmou Eduardo Campos em entrevista a uma rádio local. Segundo informações de bastidores, a conversa foi bastante amena. A presidente teria dito que não havia sequelas entre o PT e o PSB e que as “intrigas” não devem interferir na relação entre os dois partidos. Dilma teria deixado claro que é hora de cuidar da agenda econômica do país e que conta com a ajuda dos aliados para isso.
Eduardo Campos, de sua parte, também segundo informações de bastidores, teria afirmado que não se deve valorizar os traumas eleitorais e que a relação entre PSB e PT continua firme. O governador teria lembrado, sem fazer reclamação, que os socialistas foram os que mais apoiaram os petistas nas eleições. “É preciso entender que os compromissos fundamentais entre os dois partidos estão mantidos”, ressaltou uma fonte do PSB em reserva.