Depois de registrar crescimento de 42% no número de prefeitos do PSB, o presidente nacional do partido, Eduardo Campos, afirmou nesta segunda-feira que vai usar essa força política para defender os interesses do país. Campos voltou a negar que esteja em campanha para 2014, embora já tenha começado discurso e práticas que indicam movimento nesse sentido. Nesta segunda-feira, por telefone, a presidente Dilma Rousseff o convidou para ir a Brasília, mas a data do encontro não está definida.
Entre esta terça-feira e o dia 2 de dezembro, Campos reúne na capital do país os 440 prefeitos eleitos pelo PSB em seminário sobre planejamento de gestão, no qual serão discutidas experiências positivas do partido. O objetivo, embora o governador não admita, é fazer do PSB uma vitrine, que possa ser utilizada com exemplos de administração em uma eventual campanha presidencial. Em Pernambuco, Campos já colocou técnicos do governo à disposição dos prefeitos eleitos:
— Vamos ouvir a experiência de gestores em áreas como Saúde e Educação, oferecer subsídios para a transição, além de colocarmos a Fundação João Mangabeira a serviço das necessidades dos novos prefeitos.
Munido de tabelas que apontam o crescimento do PSB, Campos mostrou que o partido está disposto a usar o cacife das urnas para barganhar o que considera necessário ao país.
— Quem ganha eleição, e o PSB saiu fortalecido dessa, ganha também responsabilidade. E é preciso usar essa força política em defesa dos interesses do Brasil. Que essa força seja colocada à disposição das boas causas — disse ele, depois de fazer uma análise dos números: — O PSB foi o partido que mais cresceu no número de prefeitos, com percentual de 42%, seguido pelo PT, que cresceu 14%. O número de pessoas que passam a ser governadas pelo PSB cresceu 101%.
Segundo Campos, o indicador mais significativo dessa eleição foi o número de prefeitos socialistas reeleitos:
— Conseguimos um índice de reeleição de 72% contra a média geral de 50%.
Sobre os prefeitos que não se reelegeram, Campos disse que “cabe a cada diretório municipal fazer análise do que houve”.(O Globo)