Equipes municipais visitaram dez novas áreas de morros da cidade, com o intuito de garantir a proteção da população frente à possibilidade de mais chuvas nos próximos dias. Mais de 170 imóveis precisaram ser interditados por risco estrutural. Ação emergencial contou com o trabalho de centenas de servidores de secretarias e órgãos municipais
A Prefeitura do Recife prosseguiu nas ruas no segundo dia da força tarefa emergencial para garantir a proteção dos moradores das áreas de risco, devido à previsão de mais chuvas nos próximos dias. Neste domingo (18), 971 imóveis foram visitados pelas equipes municipais, sob a coordenação da Defesa Civil e do Centro de Operações (COP), abrangendo 3.844 pessoas. O trabalho contou com o porta a porta alertando as famílias dos risco e se somou a ações emergenciais, como a demolição de residências em situação de risco, interdição de moradias e a avaliação de concessão de auxílio-moradia, garantindo que as famílias pudessem se deslocar para locais seguros.
“Domingo à noite e a gente segue trabalhando com a equipe. A gente ativou um protocolo do COP de ação transversal e, nos últimos dias, cada secretário coordenou uma área crítica da cidade para reforçar o trabalho da Defesa Civil, junto com as demais áreas. Agora, a gente segue de prontidão, tendo em vista a possibilidade de chuvas hoje à noite e amanhã de madrugada e pela manhã”, afirmou o prefeito João Campos, durante reunião de monitoramento na noite desse domingo.
“A gente pede que a população observe os canais oficiais da Prefeitura logo cedo sobre o estágio de funcionamento da cidade. Nosso foco são as áreas mais críticas e toda a cidade está sendo acompanhada e monitorada. A nossa equipe vai seguir de prontidão. Vamos seguir os protocolos e cuidar dos recifenses”, afirmou o prefeito do Recife.
Essa ação integra o protocolo do COP para situações de agravamento das condições meteorológicas na cidade. As medidas incluem a conscientização dos moradores, com apoio logístico por meio de caminhões, vans e carros de passeio para facilitar as mudanças; o cadastramento para inclusão no auxílio-moradia, quando necessário; e a execução de serviços emergenciais, como demolição ou interdições de imóveis que apresentem risco estrutural. Nos dois dias de operação, 179 imóveis precisaram ser interditados por técnicos da Defesa Civil por apresentarem algum risco aos moradores e outras nove casas foram demolidas por estarem condenadas estruturalmente.
As pessoas poderão ir para casas de amigos e parentes ou para um dos abrigos municipais que já estão disponíveis para receber famílias e moradores em situação de risco. Atualmente, quatro espaços estão em funcionamento, totalizando 68 pessoas acolhidas: Centro Social Bidu Krause, Escola Municipal Florestan Fernandes, Abrigo Emergencial do Arruda e Abrigo Irmã Dulce, este último para a população em situação de rua. Novos abrigos temporários serão abertos sempre que necessário. A lista atualizada pode ser acessada no site acaoinverno.recife.pe.gov.br.
Centenas de profissionais de diversas secretarias e órgãos municipais foram mobilizados, incluindo equipes da Defesa Civil, Emlurb, URB, Controle Urbano, Direitos Humanos, além da Guarda Municipal. A coordenação dos trabalhos está sendo realizada por secretários e presidentes de órgãos municipais. A população pode acionar a Defesa Civil do Recife pelos telefones 0800-081-3400 e 3036-4873, ou por meio do aplicativo Conecta Recife. O atendimento é gratuito e funciona 24 horas por dia.
Mauro Silva foi um dos moradores que tiveram sua casa demolida. “A gente luta tanto para construir as coisas com muito trabalho e, de repente, ver tudo desabar assim é difícil. Mas a prefeitura está me dando todo o suporte. A Defesa Civil veio aqui, avaliou o risco e depois já me encaminharam para resolver as outras situações, como o auxílio-moradia e a indenização. É complicado recomeçar do zero, mas a vida é mais importante. Tento manter a fé e acreditar que vou conseguir reconstruir tudo”, contou Silva.
AÇÃO INVERNO 2025 – Este ano, a Prefeitura do Recife bate novo recorde e realiza o maior investimento da história. Serão destinados R$ 322,9 milhões de recursos da gestão municipal para viabilizar um conjunto de intervenções destinadas a minimizar os impactos das chuvas na cidade, com um pacote de obras estruturadoras que inclui novas intervenções no Rio Tejipió, construção de reservatórios de água na região da Imbiribeira, contenção de encostas, urbanização de comunidades afetadas pelas chuvas e mitigação de pontos críticos de alagamento.
