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Paulo Câmara é mais um pernambucano na transição de Lula

Por Blog da Folha

O governador Paulo Câmara (PSB) foi anunciado como integrante da equipe de transição do Governo Lula. O gestor socialista vai integrar o grupo temático de transparência, integridade e controle.

Nos bastidores, o nome de Paulo Câmara é ventilado para o comando da Controladoria Geral da União (CGU). O posto, contudo, não é político e não empolga os socialistas pernambucanos.

Além de Paulo Câmara, Pernambuco também conta com o prefeito do Recife, João Campos; a secretária de Infraestrutura do Estado, Fernanda Batista, e os senadores Humberto Costa e Teresa Leitão na equipe de transição. No conselho político de Lula, Luciana Santos e Wolney Queiroz também são outros nomes do Estado que desempenham um papel de destaque.

“É fundamental a discussão de um novo Pacto Federativo na próxima legislatura”, diz Silvio Costa Filho

Com queda nas receitas dos Estados e municípios em função da redução do ICMS dos combustíveis, o deputado Silvio Costa Filho (republicanos) voltou a defender, nesta quarta-feira, a discussão em torno do Novo Pacto Federativo. Presidente da Frente Parlamentar do Novo Pacto Federativo na Câmara dos Deputados e defensor das pautas municipalistas, Costa Filho considerou que o debate em torno do tema “será fundamental na próxima legislatura”.

“É fundamental que possamos discutir na próxima legislatura o Pacto Federativo. Cada vez mais os Estados e municípios estão perdendo a sua capacidade de investimentos. Isso significa dizer menos dinheiro para saúde, educação e, sobretudo, investimentos para infraestrutura, que é fundamental para geração de emprego e renda. Vou propor ao novo Governo que coloque na ordem do dia um debate sobre o novo federalismo onde a gente possa buscar de forma permanente a ampliação de receitas para os entes da federação”, disse Silvio Filho.

Na avaliação do deputado, os Estados e municípios brasileiros passam por muitas dificuldades do ponto de vista orçamentário e estão perdendo a capacidade de investimentos, sobretudo, com a queda de arrecadação com a redução do ICMS dos combustíveis. De acordo com dados entregues recentemente pelos governadores ao Supremo Tribunal Federal (STF), a estimativa é que os cofres estaduais fecharão o ano com queda de R$ 25,1 bilhões em receitas do ICMS, o que comprometerá a realização de investimentos.

De acordo com o Comsefaz, o valor será mais alto se considerar o ano de 2023, o que contabilizará nos dois anos mais de R$ 120 bilhões perdidos. Pernambuco, só em 2022, perderá R$ 1,2 bilhão.

Para rever a situação, alguns estados, inclusive, chegaram a pedir, e conseguiram na Justiça, a suspensão do pagamento das dívidas com a União a exemplo de Pernambuco. No STF, a discussão em torno do Novo Pacto Federativo tem ficado cada vez mais evidente. O entendimento é que o Novo Pacto e a reforma tributária são soluções para o problema da queda da arrecadação e deverá pautar a futura legislatura.

Pela regra atual sobre a redução do ICMS, a União deve compensar os Estados e municípios sobre a perda total ou apenas a que superar os 5% dos impostos. Conforme dados apresentados pelos gestores ao Supremo, considerando a inflação, as compensações podem atingir R$ 33,2 bilhões ou R$ 38,4 bilhões, conforme o critério.

“Tenho a compreensão que pela experiência que o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin acumularam enquanto presidente da República e governador de São Paulo, serão fundamentais para ajudar na compreensão do fortalecimento dos Estados e municípios. Eu digo sempre que um dos maiores programas sociais no Brasil é o emprego e a renda. E é por isso, que temos que retomar o investimento público no Brasil buscando investimentos privados com investidores nacionais e internacionais, mas tentando buscar através de novas fontes de financiamentos, recursos para investir em portos, aeroportos, rodovias, estradas do Brasil”, avaliou Costa Filho, que também considerou importante avançar na reforma tributária em 2023.

Alckmin anuncia novos nomes do gabinete de transição do governo Lula

Por g1 SP — São Paulo

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou na tarde desta segunda-feira (14) novos nomes que irão integrar as equipes técnicas do governo de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No grupo de Esporte, foram chamados a ex-jogadora de vôlei Ana Moser e o ex-jogador de futebol Raí. Já o grupo de Cidades contará com o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB), e com o prefeito de Recife, João Campos (PSB). Fará parte do grupo de Cultura a cantora Margareth Menezes.

Segundo o blog da jornalista Andreia Sadi, Alckmin convidou os médicos Ludhmila Hajjar, Miguel Srougi e Roberto Kalil para a área da saúde, mas os nomes ainda não foram anunciados oficialmente. Os três são professores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

A equipe de transição está prevista em lei e serve para que seus membros tenham acesso a documentos e informações do atual governo.

Lula viajou na manhã desta segunda para o Egito, onde participará da COP 27, a Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU). Ele deixou sua residência na capital paulista e pegou um avião no Aeroporto Internacional em Guarulhos, na Grande São Paulo.

Equipe de transição
A equipe de transição de Lula foi dividida em 31 áreas temáticas. O presidente eleito tem o direito de nomear 50 cargos remunerados, além de contar com trabalho de voluntários.

Alguns dos grupos técnicos já tiveram sua composição publicada no Diário Oficial da União. Também integram o gabinete de transição os grupos de coordenação Executiva, Articulação Política, Grupos Técnicos, Organização da Posse e Conselho Político.

Veja a lista dos novos nomes da equipe de transição que já foram anunciados. Eles não necessariamente continuarão no novo governo, mas alguns podem assumir ministérios ou secretarias:

Coordenação executiva
Floriano Pesaro, ex-deputado federal;

Coordenação de articulação política
Gleisi Hoffman, presidente nacional do PT

Coordenação de grupos técnicos
Aloizio Mercadante, um dos fundadores do PT

Coordenação de organização da posse
Rosângela Silva, a Janja, esposa de Lula, futura primeira-dama e socióloga

Grupos técnicos:

Assistência social
Simone Tebet (MDB);
Márcia Lopes, assistente social e professora;
Tereza Campello, economista;
André Quintão, deputado estadual.

Cidades e Habitação
Guilherme Boulos, deputado federal eleito (PSOL);
Márcio França (PSB), ex-governador de São Paulo;
Ermínia Maricato, arquiteta e urbanista;
Evanise Lopes Rodrigues, mestre em urbanismo;
Geraldo Magela, ex-deputado federal;
Inês Magalhães, ex-ministra das Cidades;
João Campos (PSB), prefeito de Recife;
José de Filippi (PT), prefeito de Diadema;
Maria Fernanda Ramos Coelho, ex-presidente da Caixa;
Nabil Bonduki, urbanista e professor da FAU-USP;
Rodrigo Neves, ex-prefeito de Niterói

Comunicações
Paulo Bernardo, ex-ministro das Comunicações;
Jorge Bittar, ex-deputado federal;
Cezar Alvarez, ex-secretário do Ministério de Comunicações;
Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos formada na Universidade de Columbia.

Desenvolvimento Regional
Randolfe Rodrigues, senador (Rede Sustentabilidade-AP);

Direitos Humanos
Maria do Rosário, deputada federal e ex-ministra de Direitos Humanos;
Silvio Almeida, advogado;
Luiz Alberto Melchetti, doutor em economia;
Janaína Barbosa de Oliveira, representante do movimento LGBTQIA+;
Rubens Linhares Mendonça Lopes, do setorial do PT para pessoas com deficiência;
Emidio de Souza, deputado estadual (SP);
Maria Victoria Benevides, socióloga, professora doutora.

Sub-grupo da Infância

Maria Luiza Moura Oliveira, psicóloga, professora aposentada da Universidade Católica de Goiás;
Welington Pereira da Silva, teólogo, pastor da igreja metodista, conselheiro do Conanda (Brasília)

Economia
André Lara Resende, economista;
Guilherme Mello, economista;
Nelson Barbosa, economista;
Pérsio Arida, economista.

Educação
Henrique Paim, ex-ministro da Educação;
Andressa Pellanda, coordenadora da Campanha pelo Direito à Educação;
Alexandre Schneider, ex-secretário municipal de Educação de São Paulo;
Binho Marques, ex-governador do Acre;
Cláudio Alex, presidente Conif;
Heleno Araújo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE);
Macaé Evaristo, deputada estadual eleita por MG;
Maria Alice (Neca) Setubal, presidente do Conselho Consultivo da Fundação Tide Setubal;
Paulo Gabriel, ex-reitor da UFRB;
Priscila Cruz, presidente executiva do “Todos Pela Educação”;
Ricardo Marcelo Fonseca, presidente da Andifes;
Rosa Neide, deputada federal;
Teresa Leitão, senadora eleita;
Veveu Arruda, ex-prefeito de Sobral

Esporte
Ana Moser, ex-atleta de voleibol;
Edinho Silva (PT), prefeito de Araraquara;
Isabel Salgado, ex-atleta de voleibol;
José Luís Ferrarezi, ex-vereador;
Marta Sobral, ex-jogadora de basquete;
Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico;
Nádia Campeão, ex vice-prefeita de São Paulo;
Raí Souza de Oliveira, ex-jogador de futebol;
Verônica Silva Hipólito; atleta paralímpica

Infraestrutura
Alexandre Silveira, senador por MG;
Fernandha Batista, secretária de Infraestrutura de Pernambuco;
Gabriel Galipolo, economista;
Maurício Muniz, ex-ministro da Secretaria de Portos;
Miriam Belchior, ex-ministra de Planejamento;
Paulo Pimenta, deputado federal;
Marcus Cavalcanti, secretário de Infraestrutura da BA

Juventude
Bruna Chaves Brelaz, presidente da UNE;
Gabriel Medeiros de Miranda, subsecretário de Juventude do RN;
Jiberlandio Miranda Santana, presidente da União da Juventude Socialista do ES;
Keli dos Santos Araújo; secretária-geral de Juventude do PT;
Marcos Barão; membro da Juventude do MDB;
Nádia Beatriz Martins Garcia Pereira, secretária nacional da Juventude do PT;
Nilson Florentino Júnior, secretário adjunto da Juventude do PT;
Thiago Augusto Morbac, presidente nacional da União da Juventude Socialista;
Sabrina Santos, membro da UNAS

Cultura
Áurea Carolina, deputada federal (PSOL-MG);
Lucélia Santos, atriz e ex-candidata a deputada federal pelo PSB
Márcio Tavares, Secretário Nacional de Cultura do PT;
Margareth Menezes, cantora

Igualdade Racial
Nilma Lino Gomes, ex-ministra de Igualdade Racial;
Givânia Maria Silva, quilombola e doutora em sociologia;
Douglas Belchior, professor;
Thiago Tobias, do Coalizão Negra;
Ieda Leal, Movimento Negro Unificado (MNU);
Martvs das Chagas, secretário do Planejamento de Juiz de Fora;
Preta Ferreira, movimento negro e movimento de moradia.

Indústria, Comércio e Serviços
Germano Rigotto, ex-governador do Rio Grande do Sul;
Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea;
Rafael Lucchesi, diretor-geral do Senai Nacional;
Marcelo Ramos, deputado federal (AM);

Pequenas Empresas
Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae e do Instituto Lula;
Paulo Feldmann, professor da USP;
Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária;
André Ceciliano, presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Mulheres
Anielle Franco, diretora do Instituto Marielle Franco e irmã da vereadora morta;
Roseli Faria, economista;
Roberta Eugênio, mestre em direito, pesquisadora do Instituto Alziras e ex-assessora de Marielle Franco;
Maria Helena Guarezi, ex-diretora de Itaipu e amiga pessoal de Janja;
Eleonora Menicucci, ex-ministra da Secretaria de Política para Mulheres;
Aparecida Gonçalves, ex-secretária Nacional da Violência contra a Mulher.

Planejamento, Orçamento e Gestão
Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda;
Enio Verri, deputado federal (PT-PR);
Esther Dweck, economista e professora da UFRJ;
Antonio Corrêa de Lacerda, presidente do Conselho Federal de Economia.

Saúde
Humberto Costa, senador (PT)

Conselho político de transição
Antônio Brito, deputado federal (PSD);
Carlos Siqueira, presidente PSB;
Daniel Tourinho, presidente do Agir;
Felipe Espírito Santo, direção do Pros;
Guilherme Ítalo, direção do Avante;
Jader Barbalho, senador (MDB);
Jefferson Coriteac, vice-presidente do Solidariedade;
José Luiz Penna, presidente do PV;
Juliano Medeiros, presidente do PSOL;
Luciana Santos, presidente do PC do; B;
Renan Calheiros, senador do MDB;
Wesley Diógenes, porta-voz da Rede;
Wolney Queiroz, deputado federal (PDT).

Secretária Fernandha Batista é anunciada na equipe de transição de Lula

A secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos de Pernambuco, Fernandha Batista foi anunciada há pouco pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin para o grupo de trabalho (GT) de Infraestrutura do Governo de transição.

Teresa Leitão na equipe de transição do governo Lula

A senadora eleita por Pernambuco Teresa Leitão (PT) foi anunciada hoje à tarde como integrante da equipe de transição do governo Lula na área de Educação.

Professora aposentada, Teresa Leitão foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Educação de Pernambuco (Sintepe) e, durante os 20 anos de mandato como deputada estadual, teve a Educação como tema prioritário. Teresa foi coordenadora do Ano Legislativo Paulo Freire, quando desenvolveu uma série de atividades para homenagear o centenário do educador pernambucano.

Lula embarca para COP27 com Haddad em sua primeira viagem internacional

Por Agência O Globo

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva embarcou na manhã desta segunda-feira (14) para COP27, no Egito. Em sua primeira viagem internacional após vencer as eleições, o petista fará também uma visita a Portugual.

Junto com Lula, no avião particular, embarcaram também a sua mulher, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, e o ex-prefeito Fernando Haddad. A expectativa é que durante a viagem o presidente eleito defina a função que Haddad terá em seu governo.

O ex-prefeito tem chances de assumir o comando do Ministério da Fazenda.

O ex-ministro Celso Amorim, principal assessor de Lula para questões externas, participaria da comitiva, mas não pôde ir porque se recupera de uma cirurgia no quadril.

O anúncio mais importante deve ser a confirmação de que, atendendo a uma demanda de ONGs da sociedade civil, o governo eleito vai propor o Brasil como sede da COP30, em 2025. Havia também a expectativa de que Lula revelasse durante a conferência o nome do futuro ministro do Meio Ambiente, mas dois aliados próximos do presidente eleito disseram nos últimos dias que isso não deve acontecer.

O petista quer começar a montar o seu governo na volta ao Brasil.

Segundo o colunista Lauro Jardim, Lula viajou no avião do empresário José Seripieri Junior, que foi dono da Qualicorp e hoje comanda a Qsaúde. Seripieri é um dos empresários mais próximos de Lula. O uso da aeronave provoca preocupação no entorno do petista. (Foto: AHMAD GHARABLI / AFP)

Alckmin convida Roberto Kalil, Ludhmila Hajjar, Miguel Srougi para transição da Saúde

Por Andréia Sadi

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), convidou os médicos Ludhmila Hajjar, Miguel Srougi e Roberto Kalil para integrar a equipe de transição do governo Lula (PT) na área da saúde.

Os três são professores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Segundo o blog apurou, os três aceitaram os convites, feitos na semana passada mas não têm informação sobre quando será oficializado. A expectativa é de que Alckmin faça o anúncio na tarde desta segunda-feira (14).

Antes de integrar a equipe de transição, Kalil já havia coordenado, a pedido de Lula, a montagem de uma comissão de assessoramento na área da Saúde. Srougi fazia parte desse grupo. Ludhmila, não.

Kalil é o médico de Lula. No final de semana, o presidente eleito fez um checkup completo com o cardiologista antes de embarcar para o Egito, onde participa da COP 27.

Ludhmila e chegou a ser convidada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para substituir o general (e hoje deputado federal eleito) Eduardo Pazuello à frente do Ministério da Saúde.

Na época, Pazuello enfrentava pressão do Centrão por conta do agravamento da crise sanitária causada pela Covid, com mais de 2 mil mortes por dia – hoje está em 45 por dia.

Ludhmila, porém, foi atacada por bolsonaristas por defender medidas preconizadas por especialistas, como isolamento social, e ser contrária ao que o presidente chamava de tratamento precoce – uso de medicamentos sem eficácia, como a cloroquina, para tratar a doença.

À época, Ludhmila disse à GloboNews que não aceitou o convite de Bolsonaro pois não havia “não houve convergência técnica” entre ela e o presidente.

Depois de descansar na Bahia, Lula retorna a São Paulo

Por g1 — Brasília

Depois de passar alguns dias descansando na Bahia após a campanha com sua esposa, Rosângela, conhecida como Janja, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva retornou neste sábado (5) a São Paulo. A informação é de sua assessoria de imprensa.

O primeiro grande desafio econômico e político de sua gestão, que oficialmente ainda não começou, será negociar com o Congresso Nacional ajustes no Orçamento de 2023. Lula assumirá somente em 1º de janeiro de 2023.

Até lá, ele comandará a equipe de transição, que trabalhará no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. E o foco inicial dos trabalhos será assegurar, no orçamento do próximo ano, a manutenção do auxílio para a população carente em R$ 600. Até o momento, esse valor não está assegurado.

A proposta de orçamento para 2023, encaminhada em agosto ao Congresso Nacional pela área econômica do presidente Jair Bolsonaro, prevê um benefício médio de R$ 405.

Durante sua campanha, Lula prometeu, ainda, um valor adicional de R$ 150 por criança de até seis anos. A ideia é retomar o antigo Bolsa Família, revogado por Bolsonaro.

Além do auxílio para a população carente, outros temas considerados prioritários na revisão do orçamento de 2023 são:

ganho real (acima da inflação) de 1,3% ou 1,4% ao salário mínimo em 2023;
recursos para a saúde, como, por exemplo, os utilizados no programa Farmácia Popular;
recursos para merenda escolar.

Diante da falta de espaço no orçamento com a vigência da regra do teto de gastos (mecanismo que limita a maior parte das despesas à inflação do ano anterior), o relator do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), e Alckmin anunciaram que vão propor, aos presidentes da Câmara e do Senado, a aprovação de um projeto para retirar do teto de gastos despesas com ações consideradas “inadiáveis”.

É a chamada “PEC da Transição”. PEC é sigla para Proposta de Emenda Constitucional. Ela é discutida e votada em dois turnos em cada uma das casas do Congresso. Para ser aprovada, precisa do voto de três quintos dos deputados (308) e dos senadores (49).

Em reunião ocorrida nesta sexta-feira (4), a equipe de Lula avaliou, entretanto, que outro caminho para reajustar e recompor programas sociais pode ser a edição de uma medida provisória (MP), conforme relatou o Blog do Valdo Cruz. A avaliação é que essa alternativa exigiria menos negociação com os parlamentares do que uma PEC.

Meio ambiente
Além de montar o quebra-cabeças orçamentário, o presidente eleito também participará, nos próximos dias, da 27ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP27, que começa neste domingo (6) em Sharm El Sheikh, no Egito. Sua agenda, porém, ainda não está fechada.

O evento deve durar cerca de duas semanas e tem um peso fundamental para ação climática global frente as mudanças climáticas. Por isso, cerca de noventa chefes de estado estarão presentes. O presidente eleito foi convidado e uma comitiva é aguardada no Egito.

A COP27 é 27ª conferência do clima da ONU, um evento que reúne governos do mundo inteiro, diplomatas, cientistas, membros da sociedade civil e diversas entidades privadas com o objetivo de debater e buscar soluções para a crise climática causada pelo homem.

A conferência vem sendo realizada anualmente desde 1995 (exceto em 2020, por causa da pandemia) e o termo COP é uma sigla em inglês que quer dizer “Conferência das Partes”, uma referência às 197 nações que concordaram com um pacto ambiental da ONU do início da década de 1990.

A participação de Lula no evento acontece em meio à divulgação de dados alarmantes sobre queimadas na Amazônia.

O Amazonas registrou o pior setembro de queimadas dos últimos 24 anos, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A série histórica começa em 1998. No acumulado de 2022, até meados de setembro, o número de queimadas no estado já superou todo ano passado.

Segundo os institutos Igarapé, Centro Soberania e Clima e Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com o apoio do Instituto Clima e Sociedade, o desmatamento na Amazônia passou dos 13 mil quilômetros quadrados em 2021, a maior taxa dos últimos 15 anos; e que a mineração ilegal aumentou quase 500% em terras indígenas e 300% em unidades de conservação.

Programas como o Auxílio Brasil podem ser reajustados por medida provisória, avalia equipe de transição

Em reunião realizada nesta sexta-feira (4), a equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, avaliou que o melhor caminho para reajustar e recompor programas sociais pode ser a edição de uma medida provisória.

 MP abriria crédito extraordinário no Orçamento da União de 2023 para bancar os reajustes com recursos fora do teto de gastos. Só haverá uma definição sobre essa estratégia, porém, quando Lula voltar de seu descanso na Bahia, na semana que vem.

Uma eventual MP serviria, por exemplo, para manter o valor de R$ 600 do Auxílio Brasil. Outras iniciativas que seriam financiadas com os recursos da MP são:

  • manutenção da isenção de impostos federais sobre combustíveis;
  • recomposição de programas como Farmácia Popular e Merenda Escolar.

Ou seja, para programas que já existem, o caminho seria a edição de uma MP, e não a aprovação de uma proposta de emenda à Constitucional, a chamada PEC da Transição.

Segundo um dos participantes da reunião, o que poderia ser feito legalmente por medida provisória é “tudo o que já existe e não pode ser descontinuado”.

Com Alckmin, governo Lula 3 troca superministério por vice empoderado

Por Andréia Sadi e Julia Duailibi — São Paulo

O terceiro governo do presidente Lula (PT) deve começar sem a figura de um superministério – como ocorre com a pasta da Economia na gestão de Jair Bolsonaro (PL). Terá, por outro lado, uma vice-presidência empoderada.

Ocupada por Geraldo Alckmin (PSB), que governou São Paulo e disputou a presidência da República contra o próprio Lula em 2006, a vice-presidência terá influência direta, por exemplo, na Economia e no Ministério da Defesa.

Integrantes da campanha de Lula defendem, inclusive, que Alckmin venha a comandar uma dessas pastas. Mas, mesmo que isso não venha a ocorrer – ele é resistente à ideia –, os nomes escolhidos vão passar pelo crivo do vice-presidente eleito.

Para a Economia, por exemplo, assessores de Alckmin defendem o nome de Pérsio Arida, um dos criadores do Plano Real. Arida declarou voto em Lula em 2022 e não descartou integrar o novo governo do petista.

Em contrapartida, o PT ficaria com o Ministério do Planejamento, que é responsável pela execução do Orçamento da União. Fernando Haddad, ex-ministro da Educação e candidato derrotado ao governo de São Paulo, é cogitado para ocupar a pasta. Esse desenho, no entanto, não agrada ao PT que prefere comandar a Fazenda e reeditar o modelo Antonio Palocci.

Na Defesa, a ideia é repetir uma outra fórmula de sucesso – a fórmula Nelson Jobim, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que ocupou a pasta de 2007 a 2011 – e levar um ex-integrante da Corte para a pasta.

Nos bastidores, cogita-se o nome de Ricardo Lewandowski, que deve se aposentar ao completar 75 anos em maio de 2023. A ideia é que ele antecipe a saída e, assim, abra uma vaga na Suprema Corte logo no início do novo mandato de Lula.

Entre os militares, além do próprio Jobim, são mencionados os nomes de Aldo Rebelo, que ocupou o Ministério da Defesa de 2005 a 2015, e o ex-presidente da Câmara dos Deputados Arlindo Chinaglia, ambos ligados ao campo de Lula.

A seleção está a cargo de Nelson Jobim e Celso Amorim, que também já chefiou a Defesa. Mas a escolha dos nomes para o comando das três forças ficou a cargo de Alckmin.

Entre generais, a defesa é que a escolha para comandante do Exército respeite a antiguidade. Nesse caso, o chefe da Força seria o general Arruda.

Mas, se Lula optar escolher por simpatia, os militares defendem o nome do general Tomás Paiva, que foi ajudante de ordem do então presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) e sempre teve relação próxima com integrantes do PSDB, como Alckmin.

Quem é contra a nomeação de Tomas Paiva argumenta que o general foi chefe de gabinete do ex-comandante do Exército general Villas Bôas, que, às vésperas de o STF julgar se autorizava ou não a prisão de Lula, tuitou que o “Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição”.

Cardiologista que rejeitou convite de Bolsonaro é cotada para a Saúde
Para o Ministério da Saúde, uma ala da campanha defende ideia a cardiologista Ludhmila Hajjar, que recusou um convite de Bolsonaro para assumir a pasta, por ir na contramão do negacionismo do governo durante a pandemia.

Já para a direção-geral da Polícia Federal, delegados e superintendentes da PF veem com força o nome de Andrei Passos, atual chefe da segurança de Lula na campanha. (Foto: Reprodução/TV Globo)