O chamado à música de Terezinha Bezerra Chaves, conhecida no mercado fonográfico por Terezinha do Acordeon, deu-se precocemente, ainda jovem, aos 14 anos. Na infância, viu na sanfona a oportunidade de contar a própria história. Em seus discos, compartilhou com os ouvintes as histórias do Sertão de Pernambuco. Entre idas e vindas na música, a cantora e compositora gravou três discos ao longo da carreira. Terezinha é o destaque da playlist semanal do Cais do Sertão no Spotify.
Disponível para audição e download a partir desta sexta-feira (9), a seleção “Acervo Terezinha do Acordeon” conta com as principais canções gravadas pela artista. Estão lá sucessos como “Sanfoneiro de Pé de Serra”; “Maria Forró”; “Pot-pourri de Pastoril: Boa Noite/ Meu São José/ Borboleta/ Despedida”, “Cheiro de Mussambê”, entre outros.
Além da playlist em homenagem a Terezinha, o Cais presta outro tributo, na série Patrimônios Vivos de Pernambuco. O quadro, que vai ao ar semanalmente, às segundas, no Instagram @caisdosertao, evoca a narrativa de outro contribuinte da cultura popular: Mestre Dila. A publicação traça uma linha do tempo na biografia de José Soares da Silva.
Nascido na Paraíba, o mestre artesão mudou-se para Bom Conselho, onde entrou em contato com a literatura de cordel ainda criança, nas feiras livres. A partir do convívio com artistas, passou a escrever os seus contos e a vendê-los pelas ruas da cidade. A partir deste ofício, empreendeu múltiplas atividades artísticas, entre elas escrever, publicar e ilustrar folhetos, entalhando a madeira e até pedaços de borracha vulcanizada. Todo o histórico do artista, homenageado Patrimônio Vivo em 2002 pelo Governo do Estado, é lembrado na série do Cais.
O Cais do Sertão é um equipamento turístico-cultural gerido pela Secretaria de Turismo e Lazer e Empetur e, nesta fase de reabertura, segue recebendo visitantes e turistas nos seguintes horários: quintas e sextas-feiras, das 10h às 16h; sábados e domingos, das 11h às 17h. Os ingressos custam R $10 (inteira) e R $5 (meia).