Nesta quinta-feira (2), é celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo – que não se trata de uma doença. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Transtorno do Espectro do Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento, caracterizado por padrões de comportamentos repetitivos e dificuldade na interação social, que afeta o desenvolvimento. O Grupo ABS, em Serra Talhada, se sensibiliza com os portadores do TEA e, por isso, traz este conteúdo especial visando conscientizar ainda mais nossa sociedade. Conversamos com a enfermeira sanitarista e coordenadora de estágio da faculdade FAMA, Celivane Inácio, sobre o assunto.
De acordo com Celivane Inácio, não existe uma identificação específica para o autista, já que são fisicamente sadios e de boa aparência. No entanto, é preciso atentar para alguns pontos. “Eles (os autistas) apresentam características gerais diferentes das crianças da mesma idade que não tem o TEA. Essas características são: desconhecimento da sua própria identidade, falta de comunicação, não mantêm o contato visual, são retraídos, apáticos e desinteressados; indiferença em relação ao ambiente que os rodeia, resistência a mudanças de ambiente, incapacidade de julgar, ansiedade frequente e excessiva e aparentemente ilógica; hiperatividade e movimentos repetitivos e entorpecimento nos movimentos que requerem habilidade”, pontua.
A enfermeira ressalta que não há um cuidado diferenciado com autistas que vivem em regiões quentes, como o Sertão, mas é preciso cuidados ao se aproximar de um portador de TEA, de modo geral. “Tome cuidado com o que você fala – deve falar devagar e com uma menor quantidade de palavras; procure não quebrar a rotina do autista – respeite o tempo dele; dê atenção aos interesses dele e cuide da intensa sensibilidade sensorial do autista”, completa.
Celivane Inácio estará na Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho e Meio Ambiente (SIPAT-MA), que ocorrerá no Grupo ABS, em Serra Talhada/PE, entre os dias 20 e 24 de abril. Ela ministrará uma palestra sobre TEA para todos os colaboradores da empresa. “Por todo Brasil, pais, profissionais de saúde, cuidadores e professores estão se mobilizando para construir um mundo mais acolhedor para pessoas de TEA”, enfatiza a profissional.
Abaixo, confira dicas importantes para pais e pessoas que lidam diretamente com autistas:
– Primeiro busque profissionais da área, que pode ser um neurologista infantil, psiquiatra infantil, psicóloga, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, contudo que sejam qualificados e tenham experiência na área de TEA. Eles irão orientá-los ao melhor tratamento para seu filho.
– Peça ajuda a grupos de pais que têm filhos com TEA na internet, ou presencial, para adquirir informações. Troque ideias, faça perguntas, pesquise, lembrando-se de que cada criança sempre será única. Utilize apenas fontes seguras de profissionais, sites sérios e confiáveis.
– Dizer aos pais que precisam continuar a vida, elaborar seu luto pessoal sobre o diagnóstico de TEA, ao qual cada um tem seu próprio tempo. Mas que entendam que eles não são culpados e que seus filhos precisam de apoio para atravessar este momento singular de suas vidas e que lutem para que seus filhos sejam incluídos na sociedade e tenham e direitos adquiridos através da lei: 12.764.