VER, SENTIR COMPAIXÃO E CUIDAR.
Por: Ademar Rafael
Em 2020 a Campanha da Fraternidade trouxe como tema: “FRATENIDADE E VIDA: DOM E COMPROMISSO” e como lema: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”. O lema foi inspirado em Lucas 10-33-34 para abraçar ensinamentos do Papa Francisco e obra de Santa Dulce dos Pobres.
Ouso dizer que nos dias atuais a única coisa vista e cuidada é celular, o qual esmagadora parte da população mundial incorporou em seu cotidiano e dele não larga até em momentos que a prudência não nos deixa aqui detalhar. Ele é tão amado que dispensa a compaixão.
Deixemos para lá o novo membro do corpo humano para falar da campanha anual da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Como estamos agindo para atender o chamamento da entidade que norteia as ações da igreja católica no Brasil, em consonância com cada momento do país e orientações do vaticano?
Inicialmente cabe-nos entender que o “viu” da campanha é mais do que pensamos. Este ver é olhar com carinho e através do olhar emitir mensagem de acolhimento e apoio. Talvez pela correria que vivemos estamos apenas “passando um olhar rápido” sobre nossos irmãos.
O “sentiu compaixão” extrapola o confortável “sentiu pena”. Sentir compaixão é sentar ao lado, é estender a mão e é envolver-se de forma intensa, sem superficialidade.
E o “cuidou dele”? Não pensem que estamos falando de uma esmola. Cuidar ultrapassa a barreira do ajudar, do “dei minha contribuição”, cuidar é devotar uma ação que promova no irmão necessitado a certeza de que está sendo visto, amado e tratado com zelo e esmero.
A invocação anual da CNBB não deve significar apenas um cartaz, precisa ser vista como ação obrigatória de todo cristão. Pensem nisto.